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    Aliado de Dilma, PMDB sugere cortar ministérios

    Após longa reunião comandada pelo vice-presidente Michel Temer, o maior partido aliado do governo sugeriu à presidente Dilma Rousseff a redução do número de ministérios com "vistas à redução de custos e à austeridade"; até então, as críticas sobre as 39 pastas do governo federal vinham da oposição, protagonizada pelo senador Aécio Neves (PSDB); nota diz ainda que a legenda apoia a consulta popular sobre reforma política, mas não necessariamente por plebiscito, e sugere incluir pergunta sobre reeleição no Executivo

    Aliado de Dilma, PMDB sugere cortar ministérios
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    BRASÍLIA, 3 Jul (Reuters) - O PMDB, maior partido aliado do governo no Congresso, sugeriu à presidente Dilma Rousseff a redução do número de ministérios com "vistas à redução de custos e à austeridade", segundo um trecho da nota emitida pela comissão executiva do partido na noite de terça-feira.

    A longa reunião comandada pelo vice-presidente Michel Temer também serviu para debater a proposta de plebiscito apresentada por Dilma ao Congresso para realização de uma reforma política e o posicionamento do PMDB frente à onda de manifestações populares que levaram milhares de pessoas às ruas nas últimas semanas.

    A nota diz que a comissão executiva decidiu propor "a redução do número de Ministérios".

    "Sabe-se de competência exclusiva da presidenta da República. Nossa proposta é feita com vistas à redução dos custos e à austeridade, mantendo-se os ganhos das políticas públicas conquistados pelos ministérios que forem extintos", diz a nota.

    Na terça-feira, a bancada do PMDB na Câmara dos Deputados já havia se reunido e aprovado uma posição pública semelhante e chegou a citar em outra nota que se fosse necessário, o partido poderia, inclusive, abrir mão das pastas que comanda atualmente -- os ministérios de Minas e Energia, Agricultura, Aviação Civil, Turismo e Previdência.

    O PMDB também decidiu apoiar a bandeira de um pacto federativo para desconcentrar "os recursos para que os governos municipais e estaduais possam aumentar seus investimentos em suas políticas públicas".

    Em relação à proposta da presidente para realizar uma reforma política, os peemedebistas disseram que são a favor de uma consulta popular, mas não necessariamente por meio de plebiscito, e também disseram que querem perguntar à população sobre a possibilidade de reeleição ou não para mandatos no Executivo.

    "Aprovar consulta popular, Plebiscito ou Referendo, para a definição de reforma política que faça nascer um sistema político compatível com suas aspirações, abordando, entre outros, temas como: reeleição, tempo de mandato e sistema eleitoral", diz a nota.

    "Se, antes da consulta plebiscitária, o Congresso Nacional formalizar projeto pronto e acabado de uma reforma política, que terá nosso apoio para ser votado e, após, levado a referendo popular", de acordo com a nota.

    Dilma propôs a realização de um plebiscito, que divide outros partidos aliados no Congresso, para fazer a reforma política como forma de responder às demandas dos protestos recentes.

    O maior partido aliado do governo no Congresso também formalizou posição para aprovar o projeto de lei que destina a aplicação equivalente a 10 por cento das receitas correntes brutas da União na Saúde.

    (Reportagem de Jeferson Ribeiro)

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