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Baiano atualiza Adhemar: 'não rouba, não faz'

Pela palavra de seu advogado, personagem acusado de ser lobista de políticos e empreiteiras se defende por meio da 'lei' dos tempos do governador paulista Adhemar de Barros; valia, então, o 'rouba mas faz', agora turbinado; "Sem 'acerto', não se faz obra pública no Brasil", disse Mário Oliveira Filho, em defesa de Fernando Baiano, preso na PF, em Curitiba; "Pode pegar qualquer empreiterinha de qualquer Prefeitura do interior: sem acerto não tem paralelepípedo no chão"; ele negou que seu cliente seja lobista do PMDB; "Ligação nenhuma"

Pela palavra de seu advogado, personagem acusado de ser lobista de políticos e empreiteiras se defende por meio da 'lei' dos tempos do governador paulista Adhemar de Barros; valia, então, o 'rouba mas faz', agora turbinado; "Sem 'acerto', não se faz obra pública no Brasil", disse Mário Oliveira Filho, em defesa de Fernando Baiano, preso na PF, em Curitiba; "Pode pegar qualquer empreiterinha de qualquer Prefeitura do interior: sem acerto não tem paralelepípedo no chão"; ele negou que seu cliente seja lobista do PMDB; "Ligação nenhuma" (Foto: Aline Lima)

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247 – Em versão século 21, a tese do "rouba mas faz", popular na São Paulo dos final dos anos 1940 a meados dos 1960, quando Adhemar de Barros foi três vezes governador do Estado, está de volta. Quem a professa é o personagem acusado de lobista de políticos do PMDB e empreiteiras, Fernando Baiano, preso na Polícia Federal, em Curitiba. Pela voz do advogado Mario Oliveira Filho, Baiano inicia uma defesa cuja tese é a de que 'só faz quem rouba'.

- Não se faz obra pública no Brasil sem 'acerto', disse o advogado a jornalistas, após seu cliente passar por exames no IML.

- Pode pegar qualquer empreiterinha de qualquer prefeitura do interior. Sem acerto, não tem paralelepípedo no chão, completou ele, referindo-se a obras viárias.

Não se sabe se o advogado de Fernando Baiano vai aplicar suas reflexões na defesa em juízo do preso acusado de ser intermediário de comissões milionárias entre políticos e empreiteiras da Petrobras, mas ele parece bastante disposto a olhar o caso desse ângulo, digamos, ademarista.

- O empresário, se porventura faz alguma composição ilícita com político para pagar alguma coisa, é porque se ele não fizer isso não tem obra, prosseguiu, animado, Oliveira Filho. O advogado disse ainda que os empresários detidos na Operação Lava Jato são "vítimas da cultura política do país". A operação da Polícia Federal investiga um esquema de fraude em licitações na Petrobras.

O advogado negou que Fernando Baiano seja lobista do PMDB:

- Estão tratando ele como bode expiatório. Ele é um empresário que descobre um problema de infraestrutura e vai atrás da solução, vai atrás da empresa que tem a solução, recebendo uma porcentagem absolutamente legítima disso, sustentou o defensor.

-  Dizem que ele é ligado ao PMDB. Perguntei para ele e ele disse que não conhece o Renan Calheiros [presidente do Senado], que nunca viu e que não tem ligação nenhuma com o PMDB", afirmou.

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