Barraco em grupo de WhatsApp do PL lança proposta de divisão do partido em dois
Diante do debate acalorado, o líder da sigla, Altineu Côrtes (RJ), decidiu bloquear o grupo
247 - Deputados do PL, partido de Jair Bolsonaro, entraram em uma acalorada discussão em um grupo de WhatsApp da bancada, três dias após divergirem na votação da reforma tributária na Câmara. Mensagens obtidas por O Globo revelaram xingamentos, acusações e até ameaças de saída do partido.
Após a intensa discussão no grupo, alguns parlamentares favoráveis à reforma consideram a possibilidade de solicitar à Justiça a saída do PL sem ferir a regra de fidelidade partidária. No entanto, eles são minoria na sigla, que atualmente conta com 99 deputados e se tornou o maior da Câmara após a adesão em massa de aliados de Jair Bolsonaro.
Diante do debate acalorado, o líder da sigla, Altineu Côrtes (RJ), decidiu bloquear o grupo. Expressões como "melancias traidores" (comunista) e "extremistas" foram utilizadas para descrever a nova realidade do partido. A discussão ganhou intensidade quando Vinícius Gurgel (AP) começou a reclamar sobre os "extremistas" e a perseguição nas redes sociais aos 20 parlamentares que apoiaram a proposta da reforma tributária.
Os deputados então debateram a possibilidade de ter duas lideranças distintas para representar os grupos divergentes dentro do partido. Carlos Jordy (RJ) reagiu afirmando que é claro para ele que o PL não irá retroceder e que o caminho é consolidar-se como o maior partido conservador, de direita e de oposição no Brasil. "E aqueles que não aceitam essa posição devem sair do partido".
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