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Barroso: queixa política é livre, ameaçar magistrados não

Ministro do STF disse que críticas são bem-vindas, desde que não cruzem certas linhas vermelhas

Luís Roberto Barroso (Foto: © Marcello Casal jr/Agência Brasil)

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247 - O ministro do Superior Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso disse em entrevista à CNN Brasil que ameaçar magistrados de morte não é liberdade de expressão. Segundo ele, críticas são bem-vindas, desde que não cruzem certas linhas vermelhas. 

“A bronca é livre, a queixa política é livre. Se alguém disser que o STF é muito ruim, que essa é a pior composição da história do STF, tem todo o direito. Mas se alguém disser ‘vamos invadir o Supremo e tirar aqueles ministros de lá à força e se possível matá-los’, isso evidentemente não é liberdade de expressão. Portanto, é relativamente fácil distinguir o que é uma opinião do que é uma ameaça, um crime”, disse.

“Se alguém quiser dizer na internet que querosene é bom para curar a Covid, essa não é uma desinformação neutra ou ingênua, ela pode matar as pessoas. […] Eu entendo que em situações concretas pode haver dificuldade de determinar o certo ou não, mas para isso existe o Poder Judiciário, para fazer uma ponderação das circunstâncias em jogo", defendeu. 

“Você não pode, por exemplo, dizer ‘eu tenho prova de que houve fraude nas eleições’ se não tiver. A naturalização da mentira não é algo aceitável em uma sociedade civilizada e não pode ser uma estratégia política. A mentira é simplesmente um comportamento antiético, o problema não é nem político, é moral”, frisou.

Nesta semana, Barroso participará de um evento em Paris que discute os rumos da era digital, promovido pela Unesco. O presidente Lula e o influenciador Felipe Neto também participarão. 

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