Bolsonaro afronta Moraes, falta a depoimento na PF e recorre ao plenário do STF
Depoimento seria no inquérito sobre vazamento de documentos sigilosos de uma investigação da PF a respeito de ataque hacker ao TSE
247 - Jair Bolsonaro não cumpriu a ordem do ministro do STF Alexandre de Moraes e faltou ao depoimento marcado na Polícia Federal marcado para 14 horas desta sexta-feira (28). A decisão foi tomada depois de uma série de reuniões com seus ministros da Advocacia-Geral da União (AGU), Bruno Bianco, e da Justiça, Anderson Torres. O depoimento seria sobre vazamento de documentos sigilosos de uma investigação da PF a respeito de ataque hacker ao TSE.
A AGU ingressou, no início da tarde desta sexta, com um agravo regimental ao plenário do Supremo argumentando que, por ser investigado no inquérito, Bolsonaro não seria obrigado a comparecer. O texto alega o chefe de governo tem “direito de ausência”, informa a CNN Brasil.
O protocolo foi feito onze minutos antes do horário marcado para o depoimento, pedindo que o recurso fosse submetido ao Plenário, “a fim de que seja reformada a decisão agravada”. O agravo regimental só chegou ao gabinete de Moraes às 14h08, depois do estipulado para começar o depoimento, informou o Metrópoles. Moraes também negou.
Bolsonaro está insatisfeito com a decisão e que, a aliados, afirmou estar sendo perseguido por Moraes, que lhe oferece um “tratamento que nunca deu nem a traficante de drogas” e que quer “botar fogo no Brasil e depois colocar a culpa em mim”.
Bolsonaro ainda teria citado o ex-presidente Michel Temer em sua reclamação a interlocutores: "por que ele deu um tratamento para o Temer e está dando outro diferente para mim?”.
De acordo com a CNN Brasil, Bolsonaro "se recusa" a ser ouvido pela delegada da PF Denisse Ribeiro, que é quem comanda também o inquérito das fake news, das milícias digitais e dos ataques ao sistema eleitoral e urnas eletrônicas.
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