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    Denúncia de Época é arma tucana na guerra eleitoral

    Piora no desempenho do PSDB no Datafolha, tanto com Aécio Neves como com José Serra, leva o partido a investir na denúncia da revista Época deste fim de semana, sobre desvios na Petrobras, para financiar deputados e campanhas políticas, incluindo da presidente Dilma; deputado Maurício Quintella (PR-AL) quer ir ao STF para instalar a CPI da Petrobras, uma iniciativa que, na Câmara, tem apoio do líder do PMDB, Eduardo Cunha; "bomba" anunciada pela revista, no entanto, está coberta pela polêmica

    Denúncia de Época é arma tucana na guerra eleitoral
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    247 – A queda apontada pelo Datafolha nas intenções de voto do senador Aécio Neves (PSDB-MG), que caiu de 17% a 13% segundo a pesquisa, levará o partido a engrossar o coro contra a Petrobras, depois de uma denúncia publicada pela revista Época – reportagem do veículo da Editora Globo afirma que recursos desviados em contratos da Petrobras teriam sido usados para financiar campanhas políticas, como a da presidente Dilma Rousseff em 2010. Segundo Época, a denúncia é do lobista João Augusto Henriques, que negou o depoimento 24 horas depois. Em seguida, Época publicou parcialmente o áudio da conversa entre Henriques e o jornalista Diego Escosteguy.

    O PSDB pretende pedir apuração do esquema denunciado por Época ao Ministério Público Eleitoral. Além disso, a bancada do partido tentará convocar, para prestar depoimento na Câmara dos Deputados, o ex-presidente da estatal José Sergio Grabrielli e o engenheiro João Augusto Henriques, ex-diretor da BR Distribuidora e que, segundo Época, foi quem revelou a denúncia.

    A legenda já tem o apoio indireto do deputado do PR Maurício Quintella, que declarou neste domingo que pretende recorrer ao STF para que seja instalada no Congresso a CPI da Petrobras. Apesar de também integrar a base aliada do governo, o líder do PMDB na Câmara, o deputado Eduardo Cunha (RJ), diz ser favorável à instalação da CPI: "Será a oportunidade de deixar às claras o que aconteceu", afirmou.

    Na avaliação do senador Alvaro Dias (PSDB-PR), a "bomba" da revista da Editora Globo é "mais um capítulo" da "história de corrupção que consegue abalar a mais sólida empresa pública desse país". Em seu blog, neste final de semana, o parlamentar tucano afirmou que propôs a instalação de uma CPI da Petrobras em 2009, mas que enfrentou "verdadeira operação de guerra pelo Palácio do Planalto para inviabilizar a investigação".

    Polêmica

    A reportagem de Época, no entanto, está coberta pela polêmica. Um dia depois da publicação da matéria, o entrevistado João Henriques, que teria revelado a denúncia contra a Petrobras ao jornalista Diego Escosteguy, negou o depoimento. O repórter afirmou em seguida que a entrevista havia sido gravada e que publicaria os áudios no site da revista. Ele assim o fez, mas recebeu acusações de ter editado a gravação de forma parcial e publicado as declarações fora de contexto.

    Defesa

    A presidência da República não se pronunciou sobre o caso. Ao comentar a reportagem, o deputado do PT Paulo Teixeira enfatizou a negativa feita pelo entrevistado à revista, que seria o denunciante do esquema, e afirmou que o que deve ser investigado é a denúncia que envolve os tucanos em São Paulo, sobre propinas e favorecimento a empresas em licitações do Metrô e da CPTM sob governos de Mario Covas, Geraldo Alckmin e José Serra, do PSDB.

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