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Governo quer incorporar PP e Republicanos na base e avalia abrir espaço para o PL em cargos de segundo escalão e nos estados

Ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirma que as negociações são "uma consolidação de uma frente política que já se expressou desde a PEC da Transição"

Alexandre Padilha (Foto: José Cruz/Agência Brasil | Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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247 - O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, responsável pela articulação política do governo, considera um sucesso os primeiros seis meses de relação com os presidentes da Câmara e do Senado e afirma que o foco atual é fortalecer a base de apoio no Congresso, tornando-a mais sólida. O objetivo é consolidar a entrada no governo de PP e Republicanos e definir os espaços que eles vão ocupar no ministério e abrir espaço para que setores do PL ocupem cargos de segundo escalão e nos estados.

“O que tem certo é a disposição do presidente de incorporar essa ideia de parlamentares, essas duas forças políticas [PP e Republicanos] que representam bancadas da Câmara dos Deputados, de compor o primeiro escalão do governo, consolidando na largada já do segundo semestre essa frente ampla”, disse Padilha em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo.

“As bancadas desses partidos ofereceram, indicaram diretamente a mim e ao presidente Lula, a possibilidade de terem parlamentares compondo o governo, o primeiro escalão. Mas estou falando também de outros partidos, de outras bancadas que não necessariamente oferecem parlamentares no sentido de compor o primeiro escalão, mas que têm disposição, seja nos estados, seja em outros espaços, de compor o governo. Temos toda a intenção de ter essas bancadas junto conosco”, ressaltou Padilha em referência ao ingresso do PP e Republicanos na base governista.

Na entrevista, o ministro afirmou que as definições sobre quais pastas serão entregues aos dois partidos se dará a partir de agosto. “Essas duas bancadas indicaram um deputado cada. Essas definições vão se configurar a partir do retorno do mundo político a Brasília, a partir de agosto. O que tem certo é a disposição do presidente de incorporar essas duas forças políticas que representam bancadas da Câmara dos Deputados, de compor o primeiro escalão do governo, consolidando na largada já do segundo semestre essa frente ampla”

Questionado sobre a possível participação do PL, Padilha enfatizou que existe “um conjunto de parlamentares que, até por afinidade nos seus estados, por posicionamento de não passar pano para os atos terroristas no dia 8 de janeiro, por ter votado tanto a Reforma Tributária quanto o marco fiscal e a retomada dos programas sociais. E temos todo o interesse em interagir, sobretudo nos estados, com a participação deles no governo”.

Ainda conforme o ministro, as negociações não são um “toma lá, dá cá”. “Eu vejo como uma consolidação de uma frente política que já se expressou desde a PEC da Transição. Não tinha nem governo, não tinha nem cargo, não tinha nem ministério e essas forças políticas já contribuíram. Depois, esse grupo foi decisivo e firme no dia 8 de janeiro”, afirmou.

Segundo Padilha, o governo conseguiu vitórias importantes ao aprovar projetos de interesse do Planalto no primeiro semestre. “Conseguimos aprovar todas as cinco prioridades. São como as cinco pontas da estrela do PT. A primeira era conseguir garantir presidentes da Câmara e do Senado que se comprometeram e foram decisivos para estancar o golpe do dia 8 de janeiro. Conseguimos reestruturar dezenas de medidas provisórias feitas pelo Bolsonaro para que não gerassem pauta-bomba nem perpetuar lógicas terraplanistas do governo anterior. A terceira prioridade foi reorganizar o Orçamento com a PEC [Proposta de Emenda à Constituição] da Transição. A quarta ponta foi recriar os programas sociais. A quinta foi aprovar o marco fiscal e a reforma tributária”.

Ainda de acordo com ele, o foco atual “é concluir o que resta da Reforma Tributária. Estou otimista que nós vamos até o final do ano ter concluído, nas duas Casas, pelo menos a parte constitucional da Reforma Tributária” e “consolidar a presença da frente política dentro do governo, saudando a possibilidade de parlamentares que representam bancadas de partidos que tiveram compromisso conosco para que eles possam participar do governo”.

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