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    Lula: 'como vou ficar em casa, se milhões voltaram a não ter mais o que comer?'

    Em Recife, o ex-presidente prometeu mais pessoas negras nas universidades e afirmou também que retomará direitos trabalhistas

    Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Reprodução)

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    247 - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) alertou, nesta quinta-feira (21), para o problema da fome no País, prometeu mais pessoas negras nas universidades e a retomada dos direitos trabalhistas. "Eu poderia não voltar, mas qual o direito que eu tenho de ficar em casa, com a @JanjaLula, se tem milhões de pessoas que voltaram a não ter o que comer?", questionou o petista em evento no Recife (PE). De acordo com relatório divulgado no dia 6 de julho pela Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 15 milhões de brasileiros (7,3% da população) sofrem de insegurança alimentar

    "O povo pobre nunca será problema, será solução quando a gente colocar o povo pobre no orçamento e o rico no Imposto de Renda. Conseguimos ver o Nordeste ter universidades, escolas técnicas, mais doutores e mestres, mais cientistas. Era possível criar uma política de distribuição de renda", afirmou. "A gente via médico negro, gerente de banco negro, professor universitário negro. Sou o presidente que mais fez universidades na história desse País", complementou.

    O ex-presidente prometeu a retomada dos direitos trabalhistas. "Às vezes, o companheiro não tem previdência. Que microempreendedorismo é esse? Criamos 22 milhões de empregos com carteira profissional assinada. As pessoas tinham direito a férias, eram tratadas de forma civilizada. Retrocedemos. Carteira Verde e Amarela… Quais condições de trabalho, de emprego?", questionou. "Vocês recebiam aumento do salário mínimo acima da inflação. Hoje, apenas 7% (no País) recebem aumento acima da inflação", disse. 

    O petista criticou também a política econômica do atual governo para a zona rural. "Esse genocida não faz absolutamente nada (para o agronegócio). As máquinas grandes que aparecem na televisão colhendo algodão, eram financiadas a 2% de juros, com três anos de carência. Hoje pagam 18% de juros. O que o pobre precisa é ter oportunidade para competir no emprego, nas universidades. Temos que colocar mais gente na faculdade".

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