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Malafaia desiste de pagar ato do dia 25 com recursos de associação religiosa isenta de impostos

Pressionado pelas redes sociais sobre o uso de recursos da igreja, Malafaia vai arcar do próprio bolso os recursos para o ato do dia 25 de fevereiro pró-Bolsonaro

(Foto: Isac Nóbrega/PR)

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247 - Após intensa pressão nas redes sociais e diante de críticas sobre a origem dos recursos, o pastor bolsonarista Silas Malafaia anunciou que não utilizará mais os fundos da Associação Vitória em Cristo para custear a manifestação em apoio a Jair Bolsonaro, marcada para o próximo dia 25 na Avenida Paulista. De acordo com reportagem do Metrópoles, Malafaia afirmou que arcará com as despesas do próprio bolso, buscando encerrar a controvérsia que se instaurou online.

Em uma entrevista exclusiva à coluna, Malafaia explicou sua decisão, destacando que a repercussão negativa nas redes sociais foi determinante para sua mudança de postura. Ele afirmou: "A questão não é legal, é moral. Eu tenho uma turma que monitora as redes sociais, porque eu não tenho tempo de ficar olhando. Eles me falaram que estava correndo a informação que eu iria tirar dinheiro da igreja para bancar o Bolsonaro. É maldade."

De acordo com informações divulgadas pela Receita Federal, a Associação Vitória em Cristo, mantida por doações de fiéis, é isenta de pagar o Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ), por ser uma entidade de assistência social. No entanto, Malafaia decidiu não usar esses recursos para evitar qualquer controvérsia e pagará todas as despesas do evento com seus próprios recursos financeiros.

O pastor também destacou que irá negociar o aluguel do trio elétrico e outras despesas relacionadas à manifestação. Ele enfatizou que o dinheiro da Associação Vitória em Cristo é destinado a manter programas religiosos e realizar obras sociais, reiterando que não é apropriado utilizá-lo para eventos políticos.

Essa não é a primeira vez que a associação enfrenta questões fiscais. Em 2019, foi condenada a pagar uma multa milionária referente a tributos de 2010, por ter tido sua isenção suspensa naquele ano devido a infrações relacionadas à remuneração de dirigentes e à destinação dos recursos.

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