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"Nunca existiu qualquer desconfiança por parte do presidente Lula em relação a Múcio", diz Padilha

Ministro das Relações Institucionais elogiou o ministro da Defesa, que vem sofrendo um processo de fritura: "é o homem certo e na hora certa em uma tarefa muito árdua"

Alexandre Padilha e José Múcio (Foto: Roque de Sá/Agência Senado | Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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247 - Diante do processo de fritura do ministro da Defesa, José Múcio, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), saiu em defesa do colega durante entrevista à CNN Brasil nesta quinta-feira (12) e afirmou que o presidente Lula (PT) não nutre "qualquer desconfiança" em relação ao ministro.

"Nunca existiu qualquer discussão ou qualquer desconfiança por parte do presidente Lula em relação às atitudes do ministro José Múcio. Aliás, digo mais: a atitude que ele tem, a habilidade, o seu jeito, na minha opinião é o homem certo e na hora certa em uma tarefa muito árdua. O Capitólio teve seis vítimas fatais. Nós conseguimos impedir um golpe aqui no país, conseguimos desobstruir Congresso Nacional, o STF e o Palácio do Planalto a partir do momento que fizemos a intervenção federal, passamos a ter o comando da Polícia Militar, conseguimos desobstruir, conseguimos retirar um acampamento inteiro que estava acontecendo lá na área militar de Brasília; felizmente sem nenhuma vítima fatal. A gente se acostumou no brasil, infelizmente, a quando tinha qualquer crise institucional você ter Twitter de generais, de generais que estavam na reserva, posicionamentos pressionando o Supremo Tribunal Federal. Nós enfrentamos uma crise gravíssima e você pode ver, não tem nenhum pronunciamento de qualquer membro das Forças Armadas, que estejam na reserva ou não, sobre isso. Acho que isso tem a ver com a habilidade do ministro José Múcio nessa condução", declarou.

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Perguntado sobre a fala de Múcio acerca dos acampamentos de bolsonaristas golpistas, classificando-os como democratas e dizendo até que tinha parentes participando do acampamento, Padilha sinalizou que a afirmação faria parte do "processo de condução dessa crise". "É muito difícil analisar o motivo de ele ter feito essa fala naquele momento. Qualquer fala em determinado momento certamente tem a ver com o processo de condução dessa crise de uma forma que a gente possa superar os riscos que nós tínhamos no país e sair sem vítimas fatais diante de um ato terrorista que nós tivemos no último domingo. Se tem um grande responsável por tudo que aconteceu no domingo, esse responsável inclusive já pediu desculpas. É a maior prova de que ele reconhece a responsabilidade. Foi o governador afastado que pediu desculpas por não ter garantido aquilo que ele se comprometeu a garantir".

Especificamente sobre os atentados terroristas promovidos por bolsonaristas em Brasilia no domingo (8), Padilha afirmou que Lula "estancou" uma tentativa de golpe de estado ao decretar a intervenção federal na Segurança Pública do Distrito Federal. "A decisão firme do presidente Lula de fazer uma intervenção federal aqui em Brasília estancou um verdadeiro golpe de estado que estava sendo montado".

Ele afirmou que já foram obtidos os dados de quem financiou a caravana dos terroristas golpistas a Brasília e garantiu que todos serão punidos. "Já temos dados de quem financiava os ônibus, quem financiava o acampamento, o deslocamento. Temos dados de quem estava nos hotéis, nos ônibus. Quem tiver relação provada com esse crime contra o Estado Democrático de Direito tem que ser punido. E sinto esse mesmo espírito do Congresso Nacional, como também senti dos governadores, de todos os partidos".

Questionado sobre quem são os financiadores, ele disse: "essa informação eu não tenho porque a condução dessa apuração - e de forma correta - está sendo conduzida pela Polícia Federal, que é o órgão que tem que fazer essa condução e tem seu rito em relação a isso. Agora, quem financiou pode ter certeza que será veementemente punido".

Padilha também foi indagado sobre a possibilidade de extensão da intervenção federal no DF. Ele afirmou que a discussão é "precoce" e elogiou a governadora em exercício, Celina Leão (PP). "O presidente Lula foi muito preciso, cirúrgico. Foi uma intervenção federal restrita à área de segurança, porque os fatos comprovavam que existia negligência dos agentes de segurança, de quem comandava a segurança aqui no DF naquele momento. O interventor está tendo um trabalho muito intenso, uma grande colaboração com a governadora em exercício, Celina [Leão]. E a evolução dos fatos vão poder ver se é necessária qualquer tipo de prorrogação".

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