O que Cunha quer com o FGTS?
Líder do PMDB na Câmara contraria veto de Dilma e quer que a multa de 10% seja mantida, mas o dinheiro ficaria como poupança para o trabalhador, a ser retirado apenas no momento da aposentadoria. Colunista Sônia Racy, do Estadão, questiona a quem a medida interessaria
247 – O Palácio do Planalto iniciou negociações com o PMDB para tentar “salvar” o veto feito pela presidente Dilma Rousseff à proposta aprovada pelo Congresso que acabava com a multa adicional de 10% sobre o saldo do FGTS, paga pelos empregadores em casos de demissões sem justa causa. Eduardo Cunha mostra resistência e sugere que a multa de 10% seria mantida, mas o dinheiro ficaria como poupança para o trabalhador, a ser retirado apenas no momento da aposentadoria. A colunista Sônia Racy, do Estadão, questiona quem ganharia com isso. Leia:
Jabuti na árvore
No retorno do Congresso, o governo Dilma se volta à questão do FGTS. No Palácio da Alvorada, o temor é que Eduardo Cunha obtenha êxito em seu esforço de desvincular os recursos da multa de 10% do Minha Casa Minha Vida.
O deputado briga para que este dinheiro seja transferido para a conta dos trabalhadores quando se aposentarem.
Jabuti 2
Isso significaria o pior dos mundos. Os empresários - que queriam revogação da multa paga por empregadores ao governo nos casos de rescisão sem justa causa - continuariam infelizes. O governo, que quer manter a coisa como está, perderia arrecadação para seu programa-vitrine.
E os trabalhadores não sentiriam diferença na soma que recebem na aposentadoria.
Jabuti 3
Pergunta: a quem interessa esta movimentação de Cunha?
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