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    Oposição levará agenda própria ao Planalto

    Em provável encontro com a presidente Dilma, ainda não confirmado, partidos de oposição não querem falar apenas sobre reforma política, tema que para eles não é prioridade; "A nossa proposta é diferente da dela", disse o líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio; para o líder do PPS, deputado Rubens Bueno, "o plebiscito é apenas um discurso para desviar a atenção dos graves problemas do país"; na opinião do deputado Ronaldo Caiado, líder do DEM, haverá uma pauta conjunta, "uma pauta que o governo não quer assumir"

    Oposição levará agenda própria ao Planalto
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    Ivan Richard
    Repórter da Agência Brasil

    Brasília - Os partidos de oposição definiram nesta quinta-feira (27) que em um provável encontro com a presidenta Dilma Rousseff não vão limitar o debate à reforma política. Até o momento, porém, os líderes oposicionistas não receberam convite formal da presidenta.

    Hoje, a presidenta Dilma Rousseff se reúne com presidente e líderes de partidos da base aliada para tratar das manifestações que ocorrem em todo o país.

    Para os líderes dos partidos oposicionistas, o tema da reforma política não é a prioridades dos movimentos populares. Segundo eles, a ideia de realização um plebiscito está sendo usado como "cortina de fumaça" para desviar o foco do que precisa ser mudado.

    "Havendo o convite, ele será aceito, evidentemente, mas vamos discutir com nossos partidos qual é a mensagem que vamos levar porque a nossa proposta é diferente da dela [Dilma Rousseff]", disse o líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP). "Não está na pauta, efetivamente, como tópico, a reforma política. Temos outros assuntos para tratar como a melhoria da saúde, da educação, do transporte e o combate à corrupção", acrescentou o tucano.

    Para o líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR), se o governo realmente tivesse como prioridade a reforma política, ele poderia reunir a sua base no Congresso para aprovar mudanças.

    "O Congresso está funcionando, temos uma normalidade democrática e, dentro dela, o Senado e a Câmara podem decidir [sobre a reforma política] a qualquer momento. O plebiscito é apenas um discurso para desviar a atenção para os graves problemas do país: questões econômicas, como inflação, desemprego subindo e a corrupção que o governo não toca em nenhum momento", disse Bueno.

    De acordo com o líder do DEM, deputado Ronaldo Caiado (GO), se realmente houver o convite da presidenta para o diálogo com as oposições, os partidos definirão uma pauta conjunta para, em seguida, propor uma data para o encontro.

    "Vamos elaborar a nossa pauta e iremos ao encontro da presidente na data que for definida pelos nossos presidentes dos partidos. Teremos uma pauta conjunta das oposições articuladas, uma pauta que o governo não quer assumir", pontuou Caiado.

    Edição: José Romildo

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