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PGR vai investigar o escândalo do uso da Abin na defesa de Flávio Bolsonaro

Procurador Geral da República, Augusto Aras, autorizou apuração preliminar sobre a revelação de que a Abin produziu relatórios para orientar o senador Flávio Bolsonaro a anular as investigações sobre as rachadinhas

Augusto Aras e Flávio Bolsonaro (Foto: ABr)

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Sputnik Brasil - Procurador-geral da República, Augusto Aras, autorizou nesta sexta-feira (11) apuração preliminar sobre uso da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para ajudar defesa de Flávio Bolsonaro.

Segundo reportagem da revista Época, a Abin orientou os advogados do senador sobre como embasar um pedido de anulação do caso Queiroz. 

Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) é acusado de participar de um esquema de corrupção quando era deputado estadual no Rio de Janeiro, que seria comandado por um de seus assessores, Fabricio Queiroz. 

A Abin teria auxiliado a defesa de Flávio a produzir dois relatórios, que detalham o funcionamento da suposta organização criminosa em atuação na Receita Federal, que teriam acessado de forma ilegal os dados fiscais do senador que geraram o  o inquérito das rachadinhas.

A Procuradoria-Geral da República já apurava se o presidente Jair Bolsonaro tinha usado órgãos do governo para defender o filho. A investigação foi aberta após notícia da existência de uma reunião entre Flávio e seus advogados com o presidente da República, o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, e o diretor-geral da Abin, Alexandre Ramagem.

'Passou de qualquer limite'

No encontro, teria havido pedido para que o governo produzisse provas em favor do filho de Bolsonaro no processo que investiga esquema de corrupção no gabinete de Flávio na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro). 

O Sindifisco Nacional (Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil) disse que a possível ajuda da Abin ao senador, caso seja confirmada, "é inaceitável em todos os sentidos".

"Ao estar a serviço de uma causa que não é republicana, a atuação da Abin passou de qualquer limite", disse o presidente da Sindifisco, Kleber Cabral, segundo o portal UOL. 

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