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    Protesto em Orlando denuncia Bolsonaro por mortes na pandemia e desparecidos na Amazônia

    Caminhão de LED recepcionou Bolsonaro com frases sobre o desgoverno no Brasil

    Caminhão de LED denuncia Bolsonaro por mortes na pademia e desaparecimento de Dom Phillps e Bruno Pereira (Foto: Myriam Marques)

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    Por Myriam Marques, 247 - Depois de participar Cúpula das Américas em Los Angeles, onde foi recebido com protestos sobre a destruição da Amazônia, a inflação e a fome que assola o Brasil, o mesmo se repetiu na Flórida.

    Um caminhão com painéis de LED circulou por Orlando com críticas ao chefe do Executivo: “mentiroso na cidade”, “Bolsonaro ou a Democracia”, “Não confie em Bolsonaro”m “Bolsonaro está queimando a Amazônia”, " Mostra o cartão cartão corporativo” e o a referência ao desaparecimento do jornalista britânico Dom Phillips e o indigenista Bruno Pereira.

    Oficialmente, o presidente veio Orlando para inaugurar o vice-consulado, subordinado ao consulado geral de Miami. Porém chamou a atenção o fato de esta inauguração não constar da agenda oficial até o último minuto, e de não ter havido nenhum tipo de comunicado ou informação sobre o evento. Nem mesmo no site do Consulado de Miami ou em veículos de comunicação até na sexta, dia 10.

    A inauguração pegou de surpresa até membros da diplomacia brasileira nos EUA e do próprio consulado de Miami.

    Além de Bolsonaro, participaram da cerimônia o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e os ministros das Relações Exteriores, Carlos França, e da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres.

    Além desta inauguração a toque de caixa e sem aviso, era previsto "encontro com a comunidade", mas os convites que circularam por rede social de moradores da Flórida eram para visita a uma igreja evangélica, participação com convite pago e motociata.

    Parecia agenda de campanha eleitoral. A motociata foi marcada para as 9 horas, mesmo horário da inauguração, com concentração num estacionamento.

    PROTESTO

    Mas nem só apoiadores estavam ali. Mais uma vez, a comitiva foi saudada na estrada pelo caminhão de LED contratado por ativistas da Flórida. Era a voz dos brasileiros e brasileiras que não aceitam o desgoverno.

    O slide show destacava a mensagem: "Mostra o cartão corporativo!” e “Farra aqui, fome no Brasil”. 

    Na igreja Batista da Lagoinha, já mencionada em outras oportunidades por fazer campanha a favor dele, Bolsonaro disse aos fiéis que, "em muitos países, está acontecendo uma luta do bem contra o mal”.

    O presidente falou contra as drogas, num momento que os EUA já está legalizando drogas leves. 

    E no momento em que parte expressiva da sociedade americana, traumatizada pelos massacres ocorridos em vários estados, exige o controle das armas, ele declarou que o Brasil precisa da liberação das armas e de que é favorável ao armamento da população’.

    Perguntado pelo caso Dom Phillips e Bruno Pereira, Bolsonaro mudou o discurso , certamente por causa da repercussão negativa de seu discurso em Los Angeles, quando culpou as vítimas de serem responsáveis pelo próprio desaparecimento.

    Desta vez, disse: ”Bastante avançadas as investigações, muitos indícios talvez conduzam para o que aconteceu com o cidadão do Reino Unido e com o do Brasil".

    A viagem ocorre na mesma época em que se realiza a segunda feira de um tal 1º Congresso Conservador Brasileiro da Flórida, que vai reunir o deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) e o blogueiro Allan dos Santos, ambos investigados pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

    O blogueiro teve sua prisão pela Interpol requerida pelo ministro Alexandre de Moraes. Mas, ao parece, o pedido está parado no Ministério da Justiça.

     

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