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"Resposta brasileira contra o golpismo foi superior àquela de outras partes do mundo", diz Dino

"A tragédia não foi feita por desvairados apenas. A tragédia foi feita também por agentes públicos, por ação ou omissão", apontou ainda o ministro sobre o terrorismo em Brasília

Flávio Dino (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil | Reuters)

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247 - Em discurso na posse do delegado Andrei Passos Rodrigues como diretor-geral da Polícia Federal, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), afirmou que a resposta do Brasil ao golpismo "foi qualitativamente superior àquela que verificamos em outras partes do mundo", como nos Estados Unidos, por exemplo, na ocasião da invasão do Capitólio.

Dino destacou que no Brasil, em decorrência da invasão das sedes dos Três Poderes por terroristas bolsonaristas no domingo (8) em Brasília, não houve mortos e mais prisões foram feitas - se comparadas aos números norte-americanos no caso do Capitólio. "Estamos no momento em que somos desafiados por situações inéditas. Vejo com muita curiosidade analistas dizendo 'mas como invadiram o Congresso, o Supremo, o Palácio do Planalto?'. Senhoras e senhoras, invadiram o Capitólio nos Estados Unidos. O fenômeno é o mesmo, tempos estranhos. Mas Deus abençoou o Brasil, porque não obstante o Capitólio brasileiro tenha sido verificado, aqui não houve mortes, e aqui, graças à ação das autoridades, tem mais pessoas presas. Então quem tiver síndrome de inferioridade, eu diria sem medo de errar: a resposta brasileira contra o golpismo foi qualitativamente superior àquela que verificamos em outras partes do mundo e nós devemos e agradecemos à  Polícia Federal brasileira por esta resposta adequada que ocorreu nos últimos dias".

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"Disse o ministro Alexandre [de Moraes], com muita exatidão, que as instituições não são feitas de paredes, concreto, tijolos. As instituições são feitas de pessoas que encarnam ideias", afirmou também.

Em fala direcionada ao novo diretor-geral da PF, Dino destacou os princípios da responsabilidade, legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e da eficiência no cumprimento do dever.

"Nós não somos e não podemos ser adeptos do vale tudo. Não é a lei do mais forte. Os fins não justificam os meios, por mais nobres que eventualmente eles sejam", afirmou, dizendo em seguida que trabalhará pela despolitização das instituições do Judiciário. "Independentemente de preferências ideológicas-políticas-eleitorais, não me interessa, como representante do presidente Lula no comando desta instituição, em quem as pessoas votaram. Não me interessa em quem votarão. Respeito todos os gostos, por mais exóticos que eventualmente sejam. Independentemente de em uma avenida transitarmos pela direita ou pela esquerda, todos nós temos que cumprir o código de trânsito. Todos nós temos princípios processuais penais a cumprir, todos nós temos princípios éticos a cumprir e nós não permitiremos que sabores individuais, ideologias, preferências eleitorais contaminem as instituições brasileiras, porque nós vimos a tragédia. A tragédia, que tem rosto, que tem materialidade, não foi feita por desvairados apenas. A tragédia foi feita também por agentes públicos nesses anos todos, por ação ou omissão. E temos que nos livrar dessa contaminação indevida".

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