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Aos 18 anos, Eduardo Bolsonaro ganhou emprego irregular de Roberto Jefferson no PTB, onde ganhava R$ 10 mil

Cargo comissionado no PTB, partido de Jefferson, não poderia ser exercido à distância, segundo as regras da Câmara

(Foto: Reprodução | ABR)

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247 - Em 2003, quando tinha 18 anos, o hoje deputado federal Eduardo Bolsonaro ganhou um emprego daqueles: um cargo comissionado de 40 horas semanais na liderança do então partido do pai na Câmara dos Deputados, o PTB, comandado por Roberto Jefferson. Seu salário: R$ 9,8 mil por mês, em valores atuais.

Ele havia sido aprovado no curso de Direito na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) há apenas três dias. O PTB era o então partido do pai, Jair Bolsonaro, à época deputado federal. 

As informações constam numa reportagem da BBC Brasil de 2019. “A regra que proíbe o nepotismo, e assim impede a contratação de parentes de políticos, só viria cinco anos mais tarde. Mas, segundo as normas da Câmara dos Deputados vigentes à época, o posto foi ocupado de forma irregular. Só poderia ter sido preenchido por alguém que desse expediente no Congresso, já que esse tipo de cargo tem ‘por finalidade a prestação de serviços de assessoramento aos órgãos da Casa, em Brasília. Desse modo, (os servidores) não possuem a prerrogativa de exercerem suas atividades em outra cidade além da capital federal’”, diz a matéria.

Hoje, a família Bolsonaro tenta se desvincular da imagem de Jefferson, mas o episódio do emprego mostra que o ex-deputado é aliado de longa data. O ex-presidente do PTB caiu em desgraça após atirar com fuzil e granada contra agentes da Polícia Federal, ao resistir à prisão determinada pelo ministro Alexandre de Moraes neste domingo (23), prejudicando a campanha de Bolsonaro a uma semana do segundo turno da eleição.

Neste domingo, Bolsonaro inicialmente criticou as atitudes de Roberto Jefferson, mas também a prisão pelo STF. Depois, em novos posicionamentos, tentou se descolar do aliado, chamando-o de “bandido”.

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