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Arthur Lira virou cabo eleitoral de um presidente delinquente, diz Paulo Teixeira

Parlamentar comentou o absurdo de o presidente da Câmara, que comanda o orçamento secreto, ter participado da convenção bolsonarista

Paulo Teixeira (Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados)

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247 – O deputado Arthur Lira (PP-AL), que sentou em cima de mais de 100 pedidos de impeachment de Jair Bolsonaro, mesmo diante de todos os crimes de responsabilidade cometidos, hoje participou da convenção do PL e agiu como seu cabo eleitoral. A situação absurda, que apequena e desmoraliza o parlamento brasileiro, foi destacada pelo deputado Paulo Teixeira. Confira e saiba mais:

Leia ainda artigo de Joaquim de Carvalho:

Jair Bolsonaro cruzou o sinal vermelho mais uma vez, ao atacar o STF, durante convenção em que sua candidatura à reeleição pelo PLfoi oficializada.

"Estes poucos surdos de capa preta têm que entender o que é a voz do povo. Têm que entender que quem faz as leis é o poder Executivo e o poder Legislativo. Todos têm que jogar dentro das quatro linhas da Constituição. Interessa para todos nós. Não queremos o Brasil dominado por outra potência. O que nós queremos é paz e tranquilidade, respeito à Constituição, respeito às leis, interdependência entre os poderes, harmonia. Isso não é fácil, mas quem tem que dar o norte para nós é o povo brasileiro. Tenho certeza que aquilo que vocês querem será atingido”, disse.

Bolsonaro convocou seus militantes a irem para as ruas "pela última vez", em 7 de setembro.

A fala de Bolsonaro foi feita na presença do presidente da Câmara, Arthur Lira, que engavetou todos os pedidos de impeachment de Bolsonaro, inclusive os que acusam o presidente de cometer crime de responsabilidade ao atentar contra o livre exercício do Poder Judiciário.

Arthur Lira é do PP, mas compareceu à convenção do PL para demonstrar o apoio a Bolsonaro, que o chamou de “velho amigo”.

O locutor anunciou a presença do presidente da Câmara nos seguintes termos:

“A gente pode contar com um grande companheiro aliado, que agora recebe o carinho de cada um de vocês, o presidente da Câmara, Arthur Lira. Você é um parceiro do presidente Bolsonaro”.

Também estava presente na convenção o deputado federal Daniel Silveira, do PTB, que foi ovacionado.

Ele foi condenado pelo STF por ameaçar ministros e defender o assassinato de pelo menos um deles, Alexandre de Moraes. Silveira, no entanto, recebeu indulto do próprio presidente.

O discurso de Bolsonaro tem potencial para abrir mais uma crise entre instituições e choca por representar tentativa de intimidação de juízes, que terão por prerrogativa garantir que as eleições de outubro sejam realizadas num ambiente civilizado e de respeito às leis.

Uma crise que conta com o silêncio cúmplice de Arthur Lira, o “parceiro de Bolsonaro”.

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