Bolsonaro admite que cloroquina não está provada cientificamente
"Tem médico que usa [a cloroquina], [que] está usando há quase dois meses no Brasil. A gente sabe que não está ainda comprovado cientificamente", afirmou Jair Bolsonaro, que também comparou a covid-19 à Segunda Guerra Mundial. "O soldado chegava sem sangue, não tinha outro para quem doar. O pessoal lá bolou água de coco na veia. Deu certo, serviu como soro"
247 - Na saída do Palácio do Alvorada nesta manhã de quinta-feira (9), Jair Bolsonaro disse a um grupo de apoiadores que a eficiência da cloroquina no tratamento do novo coronavírus “não está ainda comprovado cientificamente”, mas reiterou sua confiança no uso o fármaco.
"Tem médico que usa [a cloroquina], [que] está usando há quase dois meses no Brasil. A gente sabe que não está ainda comprovado cientificamente", disse ele nesta quinta-feira (9) a apoiadores que o esperava na saída do Palácio da Alvorada.
Em comparação com episódios da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) para justificar sua persistência na defesa do uso da cloroquina, Jair Bolsonaro argumentou que "o soldado chegava sem sangue, não tinha outro para quem doar. O pessoal lá bolou água de coco na veia. Deu certo, serviu como soro", afirmou.
"Imagine se fosse esperar comprovação científica, quantos não morreriam? Aqui é a mesma coisa. Igual o [médico Roberto] Kalil falou: 'eu usei e aplico porque daqui a um ou dois anos pode ser que chegue a confirmação científica [da eficácia]. E se eu não tivesse usado, quantas mortes teriam ocorrido nesse tempo?'", acrescentou.
A recomendação de um protocolo do Ministério da Saúde prevê a administração da cloroquina ou hidroxicloroquina somente em casos graves.
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