Carro alugado com verba pública pelo senador Jorginho Mello pertence a assessores
Bolsonarista que apela para a grita ‘anticorrupção’, Jorginho Mello nega qualquer irregularidade nos contratos, pagos com verba pública e que somam, ao menos, R$ 290 mil, num possível esquema para ocultar bens e receber a verba de reembolso para si
247 - Quando era deputado federal, o senador Jorginho Mello (PL-SC) alugou durante 85 semanas um mesmo veículo de uma locadora de carros de Santa Catarina. O automóvel, no entanto, antes do período de locação, pertencia a um assessor do parlamentar, segundo documentos divulgados pela CNN. No final do ano passado, o veículo pertencia a outro assessor.
Bolsonarista que apela para a grita ‘anticorrupção’, Jorginho nega qualquer irregularidade nos contratos, pagos com verba pública e que somam, ao menos, R$ 290 mil.
“Além das 85 notas referentes à locação do Ford Fusion, existem outras 11 que tratam da locação de outros veículos da empresa pelo parlamentar. Ao todo, foram 96 contratos mensais de locação na Câmara e mais sete no Senado, que somam um valor de R$320 mil”, informa a CNN.
“Para chegar a esses valores, a reportagem da CNN consultou a documentação pública das despesas custeadas pela Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar e as despesas pagas pelo Senado. No entanto, apenas 52 Notas Fiscais estavam disponíveis no sistema para consulta pública on-line. O restante dos comprovantes foi obtido via pedido à Câmara via Lei de Acesso à Informação”, destaca a reportagem.
As 85 notas fiscais foram apresentadas à Câmara dos Deputados para reembolso e discriminam um veículo Ford Fusion, ano 2006/2007. “Em outras três notas,também apresentadas pelo ex-deputado, o carro descrito tem a mesma marca, modelo e ano, mas com placa similar, que apresenta apenas um dígito diferente daquela das outras 85 notas”, informa a CNN. De acordo com o Detran, esta placa diferente é de uma motocicleta.
“Em entrevista à CNN, um ex-funcionário da Câmara dos Deputados que tinha acesso aos recibos de pagamento disse - sob a condição de anonimato - que o carro, na verdade, sempre pertenceu ao senador, mas foi colocado em nome de servidores do gabinete dele para ocultar bens e receber a verba de reembolso para si”, continua a reportagem.
“Sobre a locadora, o ex-servidor afirma que todos os servidores dos gabinetes de Jorginho, tanto na Câmara quanto no Senado, tinham conhecimento de que se tratava de um esquema em que a empresa aparecia como proprietária do veículo apenas para emitir as notas fiscais e justificar os reembolsos”.
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