HOME > Brasília

Coronel Lawand é instruído a "não aloprar", "não gesticular" e evitar "cagoete" em depoimento à CPMI do 8 de janeiro

"Não perca o emocional", "mãos juntas" e "cara serena" constavam na pasta de instruções

Coronel do Exército Jean Lawand Júnior depõe à CPMI dos atos golpistas 27/6/23 (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

247 - O depoente da CPMI dos atos golpistas do 8 de janeiro Jean Lawand Júnior, coronel do Exército, utilizou uma lista com instruções de como se portar diante dos parlamentares. Entre os recados, estão "não aloprar", "não gesticular" e "sem cagoete", mostra foto da jornalista Gabriela Biló, da Folha de S. Paulo, compartilhada no Twitter. O líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), citou as anotações ao questionar o depoente. Confira:  

Lawand Júnior é o autor de mensagens com teor golpista contra a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em seu depoimento, nesta terça-feira (27), ele negou ter pregado um golpe, mas sua versão não foi endossada pelos bolsonaristas.

Segundo o coronel, ao enviar as mensagens para Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, sua intenção era apaziguar os manifestantes bolsonaristas e retirá-los das ruas e quartéis. No entanto, deputados como André Fernandes (PL-CE) e senadores como Marcos Rogério (PL-RO) colocaram em dúvida a veracidade das declarações de Lawand.

De acordo com Fernandes, embora não se possa afirmar que o militar esteja mentindo, também não é possível acreditar totalmente em sua versão.” Sendo bem honesto, não acredito muito no que o senhor falou aqui, mas também não posso dizer que é mentira. Se alguém quiser acreditar, que acredite”, disse o parlamentar. 

Já o senador Marcos Rogério enfatizou que “a função da oposição não é proteger depoentes ou quem cometeu crimes”. O ex-juiz suspeito e senador Sergio Moro (União-PR) também criticou as declarações do coronel, expressando sua falta de convicção em relação às explicações apresentadas.

Tanto a oposição quanto a bancada governista compartilharam a avaliação de que Lawand está isolado e não conta mais com o apoio da base bolsonarista no colegiado. A senadora Eliziane Gama (PSD-MA), relatora da CPMI, afirmou que Lawand "está claramente isolado" e que "a base de Bolsonaro o abandonou". 

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: