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    CPMI dos atos golpistas recebeu 48 pedidos de quebras de sigilo em apenas 48 horas

    Foram feitos requerimentos pedindo a quebra do sigilo e a convocação de Jair Bolsonaro e do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência da República

    (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados | Joedson Alves/Agência Brasil)
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    247 - Em apenas 48 horas, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que irá investigar os atentados terroristas do dia 8 de janeiro, em Brasília, recebeu um total de 48 pedidos de quebras de sigilo, incluindo acesso a dados bancários, fiscais, telefônicos e telemáticos, que abrangem informações contidas em dispositivos eletrônicos, como celulares.

    Segundo o G1, além dos pedidos de quebra de sigilo, a CPMI recebeu um total de 396 requerimentos até as 21h da sexta-feira (26). Desses, 244 foram para convocação de depoentes e quatro convites também foram feitos. Outros 82 requerimentos visam o acesso a documentos oficiais.

    As solicitações de quebra de sigilo foram feitas principalmente por membros do PT e PDT, partidos que compõem a base do governo, enquanto o PSDB apresentou dois pedidos. No entanto, é necessário que os requerimentos sejam aprovados pelo plenário da CPI antes de serem efetivados. As reuniões para votar os requerimentos estão programadas para iniciar na próxima semana.

    Entre as personalidades cujos sigilos foram solicitados estão Jair Bolsonaro, ex-presidente; Mauro Cesar Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; Ailton Barros, ex-militar ligado a Mauro Cid; Gonçalves Dias, ex-ministro do GSI [Gabinete de Segurança Institucional; José Eduardo Natale, ex-coordenador de Segurança das Instalações Presidenciais de Serviço do GSI; George Washington de Oliveira Sousa, um dos envolvidos na tentativa de explosão de um caminhão de combustível em Brasília; Wellington Macedo de Souza, também envolvido na tentativa de explosão do caminhão; Alan Diego dos Santos Rodrigues, também envolvido no caso dos explosivos.

    O senador Rogério Carvalho (PT-SE), responsável pelo pedido de acesso à quebra de sigilo dos celulares de Jair Bolsonaro e Mauro Cid, justificou que é "essencial" ter posse desses dados. 

    Segundo o senador, "Bolsonaro valeu-se das redes sociais como instrumento de desinformação e prática de atos ilícitos. Nessa linha, é importante que tenhamos acesso a uma das ferramentas que possibilitou essas postagens: o celular do ex-presidente".

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