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Depoimento de Anderson Torres eleva pressão por convocação de ex-comandante militar

O general Gustavo Henrique Dutra chegou a defendeu o adiamento do desmonte de um acampamento golpista em Brasília

Gustavo Henrique Dutra (Foto: Divulgação (Exército))

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247 - O depoimento do ex-ministro da Justiça Anderson Torres à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos atos golpistas da Câmara legislativa do Distrito Federal aumentou a pressão para que o ex-comandante militar do Planalto Gustavo Henrique Dutra seja convocado para falar à Comissão Parlamentar de Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, no Congresso Nacional. A informação foi publicada nesta quinta-feira (10) pela coluna Painel.

De acordo com a fala de Torres, o Exército impediu que autoridades desmontassem o acampamento de golpistas em frente ao quartel-general do Exército. Em maio, em depoimento à CPI da Câmara legislativa, Dutra elogiou a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de adiar o desmonte para a manhã seguinte à tentativa de golpe. Na avaliação do general, a operação tinha "alto grau de risco" e precisava de mais planejamento.

Políticos que apoiam o governo Lula resistiam a convocar Dutra na comissão do Congresso pelo temor de um desgaste junto às Forças Armadas. A oposição no Congresso também produziu requerimentos para tentar levar Dutra à CPMI dos atos golpistas.

No dia 8 de janeiro, apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) invadiram a Praça dos Três Poderes, em Brasília (DF). Ministros do Supremo Tribunal Federal tornaram réus 1.290 dos 1.390 denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Na última terça (8), o STF marcou o julgamento de mais 70 denúncias contra investigados de participação nas manifestações terroristas. As acusações oferecidas pela Procuradoria-Geral da República vão ser analisadas no plenário virtual entre os dias 14 e 18 de agosto.

Durante a sua gestão, Bolsonaro tentou passar para a população a mensagem de que o Judiciário atrapalhava o governo. Também defendeu a participação das Forças Armadas na apuração do resultado das eleições. Em novembro de 2022, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) multou o PL em quase R$ 23 milhões por atacar sem provas as urnas eletrônicas. Em 30 de junho de 2023, o TSE tornou Bolsonaro inelegível por questionar a confiança do sistema eleitoral. Políticos oposicionistas e integrantes de movimentos progressistas denunciaram nos últimos anos tentativas de golpe.

Investigadores encontraram no celular do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudantes de ordens de Bolsonaro, minuta para um golpe de Estado no País com a decretação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e que previa estado de sítio "dentro das quatro linhas" da Constituição.

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