Desnorteado, Bolsonaro volta a criticar governadores que pedem “auxilio emergencial permanente”
Sem conseguir demonstrar rumo no enfrentamento à Covid-19, Jair Bolsonaro voltou a criticar governadores que pedem “auxilio emergencial permanente” de R$ 600 a trabalhadores informais afetados pela pandemia. Ele disse que um governador quebrou o próprio estado, mas não citou o nome
247 – Sem citar nomes, Jair Bolsonaro voltou a criticar neste domingo (2) os governadores que pedem "auxílio emergencial permanente" de R$ 600 a trabalhadores informais afetados financeiramente pela pandemia da Covid-19. Ele disse que um governador que defende a medida quebrou seu estado.
"Alguns (governadores) estão defendendo auxílio emergencial indefinido. Esses mesmos que quebraram os estados deles, esse mesmo governador está defendendo o emergencial de forma permanente, só que por mês são R$ 50 bilhões. Vão arrebentar com a economia do Brasil", disse Jair Bolsonaro.
Questionado se seria algum governador específico, Bolsonaro rebateu. "Você sabe de quem eu estou falando", afirmou ele, que saiu guiando uma moto, na manhã deste domingo, da residência oficial do Palácio da Alvorada e até uma padaria no Lago Norte, bairro nobre de Brasília.
Além de jogar a culpa em governadores pela gestão das medidas de enfrentamento à Covid-19, Bolsonaro subestimou a doença em algumas ocasiões. No dia 22 de junho, ele afirmou que "talvez tenha havido um pouco de exagero" na maneira como a pandemia foi tratada. Chegou a classificá-la como uma "gripezinha", em março, e perguntou "e daí?" ao ser questionado sobre os cinco mil mortos pela doença, em abril.
Uma reportagem da agência Reuters, divulgada na última terça-feira (28), apontou que o Brasil vive o seu pior momento da pandemia do coronavírus.
"Com restaurantes, bares, academias e shoppings abertos, o coronavírus encontrou terreno fértil para avançar pelo país, que registrou na semana passada seu maior número de casos semanais desde o início da pandemia: 319.653 infecções, uma alta de 36% em comparação com os 235.010 da semana anterior", disse o texto (veja aqui).
O Brasil ocupa o segundo lugar no ranking global de confirmações (2,7 milhões) e mortes (93 mil) provocadas pelo coronavírus, perdendo apenas para os Estados Unidos, com 4,7 milhões e 157 mil óbitos.
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