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    Em CPI, Flávio Bolsonaro chegou a comparar prisões do 8 de janeiro com as detenções de judeus pelos nazistas

    Para o senador, 'as prisões de pessoas por causa do 8 janeiro foram feitas nos moldes nazistas'

    Flávio Bolsonaro (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

    247 - O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) comparou as prisões de golpistas que invadiram e depredaram os prédios dos três Poderes, em Brasília (DF), ao Holocausto, genocídio realizado pela Alemanha nazista que exterminou mais de 6 milhões de judeus durante a Segunda Guerra Mundial. As declarações de Flávio Bolsonaro, feitas durante sessão da CPI do 8 de Janeiro em setembro do ano passado, voltaram a ser lembradas, em um tom crítico ao posicionamento dele, após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comparar o genocídio na Faixa de Gaza com o extermínio de judeus realizado por Adolf Hitler na Alemanha nazista.

    "As prisões de milhares de pessoas nos dias 8 e 9 de janeiro foram feitas nos moldes nazistas", afirmou o parlamentar na época. "A gente via pessoas com medo, querendo fugir do nazismo e sendo direcionadas para estações de trem de forma pacífica, com a falsa promessa que iriam entrar em um trem e fugir do regime, mas enquanto estavam nas estações, eram ligadas as câmaras de gás e as pessoas morriam aos milhares. Muito parecido com o que aconteceu aqui nos dias 8 e 9 de janeiro".

    A fala do senador voltou a ser recordada, em um tom crítico ao posicionamento dele, após o presidente Lula comentar sobre a morte de palestinos por forças de Israel em Gaza. "É importante lembrar que, em 2010, o Brasil foi o 1º país a reconhecer o Estado palestino. É preciso parar de ser pequeno quando a gente tem de ser grande. O que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino, não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus", disse o chefe de Estado neste domingo (18) a jornalistas em Adis Abeba, na Etiópia.

    Citados por Flávio Bolsonaro, os presos no 8 de janeiro foram detidos pela participação em um ato que defendia um golpe de Estado. Em 2023, apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) invadiram o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto, em Brasília (DF). Eles protestavam contra a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2022. 

    Policiais federais continuam investigando tentativas de golpe. Na semana passada, a Polícia Federal iniciou a Operação Tempus Veritatis (“A hora da Verdade”), com o objetivo de ter mais detalhes do plano golpista e punir os envolvidos no esquema. A tentativa de golpe previa a prisão dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, além do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Entre os alvos da operação estão Braga Netto, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira, todos generais e antigos assessores de Jair Bolsonaro.

    Ex-comandantes do Exército, Paulo Sérgio Nogueira, e da Marinha, Almir Garnier Santos, também foram alvos de mandados de busca e apreensão. Há mandados de prisão contra os coronéis Bernardo Romão Corrêa Netto e Marcelo Costa Câmara; e o tenente-coronel Rafael Marins de Oliveira, todos militares da ativa.

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