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Flávio Dino diz que CPI do Golpismo seria "redundante" e atrapalharia o governo Lula no Congresso

Para o ministro, uma CPI para investigar o 8 de janeiro pode resultar "na perda de foco em relação ao principal, sobretudo à reforma tributária, que é estratégica para o Brasil"

Flávio Dino (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil | Roque de Sá/Agência Senado)

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247 - O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), foi perguntado por jornalistas em São Paulo nesta quarta-feira (15) sobre a possibilidade de instalação de uma CPI para investigar o terrorismo bolsonarista observado em Brasília no dia 8 de janeiro. A possibilidade ainda é discutida no Congresso Nacional.

Para Dino, as investigações feitas pela Polícia Federal estão a contento e uma CPI dificultaria o avanço de pautas caras ao governo Lula (PT), como a reforma tributária. “A CPI é uma prerrogativa do parlamento, à luz do artigo 58, parágrafo terceiro, da Constituição. Pode ocorrer, claro. Respeitamos a autonomia do parlamento. Apenas temos feito a ponderação no sentido de que as investigações hoje feitas pela Polícia Federal, sob a supervisão do Ministério Público e atendendo a decisões do Poder Judiciário, atendem plenamente ao objetivo de investigação, de esclarecimento da autoria dos crimes que foram perpetrados. Seria uma CPI redundante que talvez resultasse na perda de foco em relação ao principal, sobretudo à reforma tributária que, ao nosso ver, hoje, é estratégica para o momento que o Brasil vive”.

No Congresso há um embate em torno da CPI. O presidente Lula (PT) já afirmou publicamente que é contra a CPI, mas aliados insistem na ideia. No Senado, ferrenhos defensores da comissão são Soraya Thronicke (União Brasil-MS) e Renan Calheiros (MDB-AL). Entre a oposição impera a visão de que a CPI, apesar de ter como objetivo investigar nomes ligados ao golpismo - e que estão na própria oposição -, pode ser uma oportunidade para atacar o governo Lula.

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