Operação Nero: polícia prendeu 4 bolsonaristas e espera chegar a quem financiou os atos terroristas em Brasília
Ao todo, foram expedidos 32 mandados de prisão e busca e apreensão contra responsáveis por vandalismo na capital federal no dia 12 de dezembro
Com informações do repórter Marcelo Auler, do 247, em Brasília - Em coletiva na manhã desta quinta-feira (29), a Polícia Federal e a Polícia Civil trouxeram atualizações sobre a megaoperação contra bolsonaristas responsáveis pelos atos terroristas em Brasília no dia 12 de dezembro.
De acordo com as corporações, quatro pessoas já foram presas pela Operação Nero: duas em Rondônia - sendo que com uma delas foi encontrada uma pistola -, um pastor, Atila Mello, foi detido em São Gonçalo, no Rio de Janeiro, e uma mulher de São Paulo, Klio Hirano, foi presa em um hotel da capital federal nesta quarta-feira (28).
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No total, os agentes já identificaram 40 pessoas envolvidas nos atos de vandalismo na rua, mas somente conseguiram individualizar atos de 11 pessoas - entre as quais estão as quatro que já foram detidas. Foram expedidos mandados de prisão contra esses 11 terroristas, pois há "provas robustas" de participarem dos atos de vandalismo – seja por levar gasolina, jogar barras de ferro no prédio da PF ou por tentar invadir o local.
Segundo Leonardo de Castro Cardoso, diretor do departamento de Combate à Corrupção e Crime Organizado da Polícia Civil do DF, entre as 40 pessoas identificadas há empresários ligados ao agronegócio, pastores, cabelereiros, um blogueiro e membros dos CACs.
Os 40 terroristas foram identificados a partir da análise de mais de 150 horas de filmagens dos atos de vandalismo do dia 12. Entre eles, pelo menos dois estiveram envolvidos no armamento de uma bomba próxima ao aeroporto de Brasília no dia 24. Todos os 40 estiveram em acampamentos bolsonaristas na frente do QG do Exército e nenhum deles mora no DF, sendo todos pessoas de fora que estavam na capital federal.
Além dos 11 mandados de prisão, 21 mandados de busca e apreensão também foram expedidos hoje. A partir deles, as polícias esperam chegar em quem financiou os terroristas nos bastidores. Os mandados, ao todo, são cumpridos em locais do DF, PA. TO, CE, RJ, SP, RO e MT.
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Quanto à bomba, sabe-se que, dos dois envolvidos, um é George Washington – que não teve mandado de prisão por vandalismo - e Allan Diego Rodrigues, que já tinha um mandado de prisão pela participação no ato de plantar o artefato explosivo na área de acesso ao aeroporto.
A polícia também informa que já há identificação de mais pessoas pelo ato da bomba, mas não citou números.
Houve duas investigações que se somaram: a investigação da PF pela tentativa de invasão à sede em Brasília e a da Polícia Civil, que investigou todos os atos de vandalismo.
Desde o dia 16, PF e Polícia Civil enviaram representações a dois juizes: um federal e um do Tribunal de Justiça do DF, pedindo medidas cautelares. Esses dois juizes entenderam que os casos poderiam estar ligados no inquérito dos atos antidemocráticos, de relatoria de Alexandre de Moraes, no Supremo Tribunal Federal (STF), então declinaram a competencia. Moraes, então, expediu os 21 mandatos de busca e apreensão e 11 de prisão.
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