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Pesquisa interna preocupa Planalto. Em 60 dias, saldo entre "ótimo e bom" e "ruim e péssimo" cai 7 pontos percentuais

Levantamento integra painel de avaliação de Governo e foi feito com base em 2.108 questionários por empresa da FSB Holding. Desemprego e preços são vilões da amostra

Rui Costa, Lula, Geraldo Alckmin e Fernando Haddad (Foto: Joédson Alves/Agência Brasil)

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Por Luís Costa Pinto, da sucursal do 247 em Brasília - A Secretaria de Comunicação (Secom) do Palácio do Planalto tem em mãos uma série de pesquisas de monitoramento da opinião pública que começam a desenhar um cenário preocupante para o Governo Federal. A leitura política mais aguda, porém, está sendo negligenciada pelos atores que deveriam ligar os sinais palacianos de alerta. O último desses levantamentos, entregue há uma semana pelo IPRI – Instituto de Pesquisa em Reputação e Imagem, empresa da FSB Holding – revela que a distância entre a avaliação “ótimo e bom” deste 3º mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a soma da percepção de que a gestão é “ruim ou péssima” caiu de 15 pontos percentuais na primeira semana de agosto para apenas 8 pontos percentuais agora, início de outubro. Em 60 dias, portanto, segundo a mesma empresa que trabalha para o Palácio do Planalto, a percepção de que o Governo é “ótimo ou bom” saiu de 40% (agosto) para 37% e quem avalia a administração federal como “ruim ou péssima” saltou de 25% para 29%. Os que veem o momento governamental como “regular” somam 31%.

Os dados em mãos da equipe de ação política governamental revelam que o percentual de “decepcionados” com a 3ª gestão Lula voltou a subir e é a maior desde maio desse ano. Para 37% dos 2.108 entrevistados telefonicamente entre 3 e 4 de outubro, com balanceamento de equilibrado do ponto de vista estatístico, regional, etário, de escolaridade e de sexo, raça e religião compatíveis com os dados do último censo do IBGE, o Governo é “pior do que esperado”. Esse percentual era de 30% em agosto. Em contrapartida, 35% dizem que a 3ª gestão Lula é “melhor do que o esperado”. Esse percentual, contudo, era de 41% em agosto. Um quarto da população, 25%, diz estar vendo um desempenho “igual ao esperado” na administração federal – entre esses regulares, 38% dizem estar “surpreendido” e 33% “decepcionados”. Quando perguntados sobre os rumos que o País está tomando a partir das decisões do Governo, aqueles que apontavam um caminho certo para a melhora eram 55% em agosto e somam 50% em outubro. Quem via com pessimismo e negatividade os rumos do Brasil a partir de ações de Governo saltou de 33% para 40%. De acordo com a pesquisa, boa parte da população tem a percepção de que a economia nacional ainda enfrenta dificuldades e que o custo de vida segue alto.

O desemprego é visto como o principal problema brasileiro por 42% dos entrevistados, em que pese os indicadores objetivamente positivo de criação de novas vagas (quase dois milhões de saldo, só nos primeiros 9 meses do ano) e de redução da taxa de desemprego a 7,8% da População Economicamente Ativa (PEA), a menor desde 2015. A percepção popular sobre os preços – sobretudo de alimentos – segue preocupante para os gestores públicos porque, segundo a pesquisa em mãos da Secom, para 44% dos entrevistados os preços continuam altos e em escalada ascendente. Apenas 22% dizem estar percebendo redução nos preços de suas cestas de consumo. Para 31% da amostra a alta de preços estacionou, porém, isso não lhes resolve a vida. As tarifas de energia elétrica e de combustíveis são os vilões desse tópico de monitoramento, pois 63% dos entrevistados dizem ter sentido o impacto da alta da conta de energia e 59% registraram insatisfação com o preço dos combustíveis. Entre as citações positivas por redução de preços o item mais citado é a carne bovina: 49% dos pesquisados disseram que perceberam a queda do valor do quilo da carne em suas compras.

Dentre as políticas de Governo as ações no campo da Educação são as que retêm melhor avaliação. A proposta de criar uma poupança pública para estudantes é reputada positivamente por 69% dos entrevistados e negativamente por apenas 18%. Para 88% dos brasileiros a ideia ajudaria “muito” a reduzir a evasão escolar e 70% dos entrevistados dizem que a instituição dessa poupança auxiliará em larga medida a adesão a ensino superior ou técnico no futuro. Por outro lado, apenas 42% dos brasileiros dizem ter ouvido falar do PAC – Programa de Aceleração do Crescimento, prato de resistência da Comunicação de Governo para reacender expectativas de crescimento econômico e investimentos em infraestrutura – e apenas 30% creem que o PAC fará o Brasil crescer. 

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