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PF identifica o responsável por falta de planejamento da PM para o 8 de janeiro

“É verossímil acreditar que Paulo José agiu de forma omissa ao não elaborar o planejamento operacional do policiamento ostensivo do Distrito Federal", diz a PF

Forças de segurança diante de apoiadores de Jair Bolsonaro em Brasília (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

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247 - A falta de planejamento da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) diante dos atos de 8 de janeiro teve como responsável, segundo a Polícia Federal, o coronel Paulo José Ferreira de Sousa Bezerra. Naquele dia, ele atuava como chefe interino do Departamento de Operações (DOP) da PMDF, substituindo o coronel Jorge Eduardo Naime, que estava de folga. A ausência de profissionais em ação e a falta de um plano eficaz resultaram na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, em uma tentativa de golpe de estado por parte de bolsonaristas.

Um documento obtido pela coluna Grande Angular, do Metrópoles, indica que a responsabilidade de elaborar o planejamento para conter os manifestantes era do coronel Paulo José Ferreira de Sousa Bezerra. A Polícia Federal concluiu, após analisar os materiais apreendidos na casa e no carro de Paulo José, que faltou um plano operacional para impedir os ataques aos prédios da Praça dos Três Poderes em 8 de janeiro. Segundo a PF, é plausível acreditar que Paulo José agiu de forma omissa ao não elaborar o planejamento operacional do policiamento ostensivo do Distrito Federal diante dos crimes cometidos durante os eventos.

De acordo com a Polícia Federal, as equipes policiais eram acionadas por meio do grupo de WhatsApp chamado "DOC/CPR'S", sem a emissão de ordens de serviço para atuar contra os manifestantes que se dirigiam à Esplanada dos Ministérios. "Nesse mesmo grupo, o coronel Paulo José acionou as equipes de sobreaviso para comparecer à Esplanada dos Ministérios duas horas após o início das manifestações". A PF constatou que, conforme relatório da própria PMDF, houve um intervalo de aproximadamente duas horas entre o início da manifestação e o acionamento das equipes de reforço para reprimir as ações dos terroristas.

Através de mensagens do WhatsApp, a Polícia Federal comprovou que o coronel Paulo José tinha conhecimento dos riscos das manifestações. "Algumas dessas mensagens informavam que os radicais estavam extremamente hostis e falando sobre 'morte e tomada de poder'. Além disso, há o Relatório de Inteligência nº 6, de 6 de janeiro de 2023, que alertava para os possíveis riscos das manifestações", concluiu a PF com base no material apreendido com o coronel Paulo José.

O relatório foi apresentado ao Supremo Tribunal Federal (STF) como parte do inquérito que investiga a responsabilidade das autoridades na depredação das sedes dos Três Poderes.

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