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Pimenta após novas mensagens do caso Marielle: 'estamos esperando há 5 anos. Que a verdade venha ao conhecimento de todos'

O chefe da Secom fez referência ao major Ailton Barros após o militar trocar mensagens com um auxiliar de Bolsonaro e afirmar que sabe quem mandou matar Marielle Franco

Paulo Pimenta e Marielle Franco (Foto: ABR)

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247 - O chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom), Paulo Pimenta, alertou nesta quarta-feira (3) para a importância de se descobrir quem foram os mandantes do assassinato da ex-vereadora da cidade do Rio de Janeiro (RJ) Marielle Franco (PSOL). A ativista de direitos humanos foi morta pelo crime organizado em março de 2018. "Há 5 anos esperamos por essa resposta. Que a verdade venha finalmente ao conhecimento de todos!", escreveu o chefe da Secom no Twitter.

Pimenta citou o major reformado do Exército Ailton Barros, preso nesta quarta-feira (3) na operação da Polícia Federal (PF) que investiga possível fraude na carteira de vacinação contra Covid-19 de Jair Bolsonaro. 

Barros trocou mensagens com Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-chefe de governo. Em um trecho dos documentos, os dois se falaram no dia 30 de novembro de 2022. Ailton conta sobre um problema quando então passa a se referir a um "garoto", que estaria servindo de "bucha". 

Ailton escreveu: "Eu sei dessa história da Marielle, toda irmão, sei quem mandou. Sei a porra toda. Entendeu? Está de bucha nessa parada aí".

A então vereadora Marielle Franco foi assassinada em março de 2018 pelo crime organizado. Atiradores efetuaram os disparos em um lugar sem câmeras na região central do município do Rio e, antes do crime, perseguiram por cerca de três a quatro quilômetros o carro onde estava a parlamentar.  

Marielle era ativista de direitos humanos e tinha o seu mandato na Câmara Municipal do Rio marcado por denúncias contra a violência policial nas favelas e também criticava a atuação de milícias. 

Dois ex-policiais foram presos. Ronnie Lessa, que, de acordo com as investigações, deu os tiros. O outro detido foi Élcio Vieira de Queiroz, de 46 anos e que, segundo as apurações, dirigia o carro no momento do crime. 

Lessa morava no mesmo condomínio de Bolsonaro no Rio. Queiroz também apareceu em uma foto com o ex-ocupante do Planalto, que teve o seu rosto cortado na imagem.

Em fevereiro, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, anunciou a parceria entre a PF e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) para descobrir mais informações do assassinato. 

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