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Policial militar do DF guiou golpistas ao Salão Verde da Câmara dos Deputados, denuncia PGR

Além disso, oficiais da PMDF riram da informação de que os manifestantes dos atos do 8 de janeiro estavam preparados para a violência e não hesitariam em causar mortes

Agente da PMDF indicando acesso à entrada da Câmara a golpistas (Foto: Reprodução/CNN Brasil)

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247 - A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou a cúpula da Polícia Militar (PM) do Distrito Federal (DF) por omissão de policiais durante os ataques às sedes dos Três Poderes em Brasília, ocorridos em 8 de janeiro deste ano. A denúncia, por sua vez, inclui registros de câmeras de segurança que evidenciam um policial indicando aos invasores como acessar o Salão Verde da Câmara dos Deputados, informa a CNN Brasil.

O Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos (GCAA) da PGR encaminhou a denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF) e, nesta sexta-feira (18), a Polícia Federal (PF) deteve o comandante da PMDF e outros membros da cúpula da corporação, seguindo mandados emitidos pelo ministro Alexandre de Moraes.

A investigação também aborda a atuação da tropa de choque da PM dentro da Câmara por volta das 15h do referido dia, destacando a facilidade com que os invasores conseguiram avançar e circular devido à negligência dos agentes.

DEBOCHE - Além disso, ainda segundo a CNN, oficiais da Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF) trataram com desprezo e risadas a informação de que os manifestantes dos atos ocorridos em 8 de janeiro estavam preparados para a violência e não hesitariam em causar mortes.

Na véspera dos atos, o coronel Paulo José Ferreira de Sousa Bezerra, que era Subchefe do Departamento de Operações da PM-DF, recebeu de uma fonte anônima informações sobre possíveis confrontos mortais nos protestos do dia seguinte. A fonte alertava que os manifestantes estavam dispostos a lutar até a morte sem recuar. O coronel repassou essa informação aos oficiais Klépter Rosa e Marcelo Casimiro Vasconcelos. Klépter Rosa mencionou ter um informante infiltrado no acampamento, passando detalhes sobre a reunião em frente ao Quartel-General do Exército.

A PGR observou, no entanto, que a falta de seriedade em relação aos riscos foi especialmente evidente na conversa entre Paulo José e Casimiro Vasconcelos, que liderava o 1º Comando de Policiamento Regional, responsável pela segurança nos locais dos atos. Vasconcelos respondeu à informação dizendo "Vai dar certo", seguido da resposta de Paulo José: "Rsrs. Vai sim".

A PGR também destacou que informações semelhantes circularam entre outros oficiais da PM-DF, incluindo o então comandante Fábio Vieira, o coronel Jorge Naime e o major Flávio Silvestre Alencar, indicando conhecimento sobre as intenções dos manifestantes extremistas.

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