Políticos repercutem término de CPI sem relatório final e "Viva o MST" fica entre os assuntos mais comentados nas redes (vídeo)
"A farsa dessa CPI foi desmascarada a cada sessão", afirmou o deputado Glauber Braga
247 - Internautas demonstraram apoio ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, após a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) contra a organização acabar nesta quarta-feira (27) e sem relatório final. No Twitter, a expressão "Viva o MST" chegou ao trending topic (tópico em tendência), um dos assuntos mais comentados na rede social.
"Acabou a CPI do MST: derrotamos a extrema direita!", escreveu a deputada federal Fernanda Melchionna (PSOL-RS). "A farsa dessa CPI foi desmascarada a cada sessão, e terminou sem a votação do relatório que tentava criminalizar o movimento. Viva o MST, a reforma agrária e a querida @samiabomfim, que foi gigante nessa batalha contra o atraso!". >>> Na contramão do STF, Senado aprova marco temporal para demarcação de terras indígenas
O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) disse que "a farsa dessa CPI montada pela extrema-direita foi desmascarada e terminou sem a votação do relatório que tentava criminalizar o movimento". "Viva o MST! Viva a luta por reforma agrária!". A deputada federal Luizianne Lins (PT-CE) afirmou que "a balbúrdia montada por bolsonaristas e ruralistas, a CPI do MST, acabou da forma que deveria: sem aprovação do relatório final". "A tentativa de criminalizar um dos maiores movimentos sociais da América Latina fracassou porque não tinha base nenhuma. Viva o MST!".
A CPI do MST foi criada em maio, com o objetivo de apurar atuações de seus representantes. Uma das principais mobilizações do movimento é o chamado "Abril Vermelho", jornada anual em que integrantes do movimento lembram o massacre de Eldorado dos Carajás, em 1996, e cobra avanços na política de reforma agrária. Ao todo, 155 policiais militares estiveram envolvidos na operação que deixou 21 camponeses mortos. >>> Marco Temporal: Supremo decide que ocupante de boa-fé deverá ser indenizado
Na Câmara, a comissão teve como relator o deputado federal Ricardo Salles (PL-SP), ex-ministro do Meio Ambiente. O presidente da CPI foi o deputado federal Zucco (Republicanos-RS).
As críticas a Salles aumentaram a partir de 2020. Naquele ano, o então ministro participou de uma reunião ministerial do dia 22 de abril, quando pediu que o governo Jair Bolsonaro aproveitasse a atenção da imprensa voltada à pandemia para aprovar "reformas infralegais de desregulamentação e simplificação" na área do meio ambiente e "ir passando a boiada".
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