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Tropa de choque da PMDF demorou 1h30 para chegar à Câmara no dia dos atos golpistas

A PGR afirmou que a cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal estava "contaminada ideologicamente" e apostava em uma insurgência popular para que Bolsonaro continuasse no poder

Atos terroristas de bolsonaristas contra as sedes dos Três Poderes, em Brasília (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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247 - A Procuradoria-Geral da República (PGR) afirmou em denúncia enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF) que integrantes da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) demoraram cerca de 1h30 para chegar à Câmara dos Deputados no dia 8 de janeiro, quando apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) invadiram a Praça dos Três Poderes, em Brasília (DF). A PGR afirmou que a cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal estava "contaminada ideologicamente". A informação foi publicada nesta sexta-feira (18) no jornal Metrópoles

A PGR afirmou que a cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal estava "contaminada ideologicamente" e apostava em uma insurgência popular para que Jair Bolsonaro (PL) fosse mantido no poder. Segundo a PGR, a investigação mostrou que integrantes do comando da PM se mostraram adeptos "de teorias conspiratórias sobre fraudes eleitorais e de teorias golpistas".

Policiais federais e a PGR cumpriram nesta manhã de sexta-feira (18) mandados de prisão preventiva e cinco de busca e apreensão direcionados a atuais e ex-membros da alta hierarquia da Polícia Militar do Distrito Federal.

De acordo com o documento, o então comandante-geral da corporação, coronel Fábio Augusto Vieira, esteve na Casa durante os ataques e teria dito que chamaria a tropa de choque da PM para ajudar a Polícia Legislativa. A Procuradoria disse Vieira encontrou Paul Pierre Deeter, diretor do Departamento de Polícia Legislativa da Câmara dos Deputados, dentro do prédio. Na ocasião, Paul disse ao comandante-geral da PMDF que o efetivo da Polícia Legislativa não seria suficiente para a proteção do edifício.

“Não obstante, Fábio deixou Paul Deeter às portas do Anexo II por aproximadamente 1h30, período suficiente para que as depredações ali ocorressem. Apenas por volta das 17h, quando os danos ao edifício-sede da Câmara já haviam se concretizado, a tropa de choque retornou sob o comando de Fábio Augusto Vieira”, diz a denúncia da PGR.

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