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    Veja uma parte da minuta golpista encontrada pela PF na casa de Anderson Torres

    De acordo com o documento golpista, membros do Ministério da Defesa seriam a maioria em uma comissão do governo Bolsonaro

    Manifestantes invadem Congresso, STF e Palácio do Planalto (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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    247 - A minuta com estratégias para uma tentativa de golpe no País encontrada nesta quinta-feira (12) pela Polícia Federal na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres. "Fica decretado o Estado de Defesa (...) na sede do Tribunal Superior Eleitoral, em Brasília", diz. "Na vigência do Estado de Defesa ficam suspensos os seguintes direitos: (...) II - de acesso às dependências do Tribunal Superior Eleitoral".

    De acordo com a proposta discutida por membros do governo Jair Bolsonaro, seria criada a "Comissão do Processo Eleitoral (CPE)". A maioria dos membros da entidade seria do Ministério da Defesa (oito). 

    O Ministério Público Federal e a Polícia Federal teriam dois membros cada na CPE. Outras cinco instituições teriam um integrante cada uma - Senado, Câmara dos Deputados, Tribunal de Contas da União, Advocacia-Geral da União (AGU) e Controladoria-Geral da União (CGU). 

    Segundo a minuta, o governo Bolsonaro teria o objetivo de fazer uma "apuração da conformidade e legalidade do processo eleitoral".

    Nos últimos anos, Bolsonaro defendeu a participação das Forças Armadas na apuração do resultado das eleições. Um dos objetivos dele era passar a mensagem de que instituições do o Poder Judiciário, como o Supremo Tribunal Federal e o TSE, atrapalhavam o governo. 

    Aliados de Bolsonaro pode ficar inelegível por causa do documento encontrado pela PF.

    No seu governo, o ex-ocupante do Planalto participou de atos favoráveis a um golpe. No último domingo (8), bolsonaristas invadiram o Congresso, o Planalto e o STF. A polícia prendeu cerca de 1500 pessoas foram presas - cerca de 600 foram liberadas, mas continuam sendo investigadas. 

    Nessa quarta-feira (11), ministros do Supremo resolveram manter a decisão do ministro Alexandre de Moraes, que determinou a prisão de Torres, atualmente nos Estados Unidos, e o afastamento do governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB).

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