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    Voto de Nunes Marques dá "carta branca" a novas intentonas golpistas, avaliam ministros do STF

    "Ele está dando uma autorização para fazerem tudo de novo", resumiu um ministro

    Kassio Nunes Marques (Foto: Carlos Moura/SCO/STF)

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    247 - Os membros do Supremo Tribunal Federal (STF) reagiram negativamente ao voto proferido pelo ministro Nunes Marques durante o julgamento do primeiro réu dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. De acordo com informações obtidas por Daniela Lima, do g1, a interpretação do ministro foi vista como um "uma carta branca" para futuras tentativas de desestabilizar os poderes constituídos por meio da violência e da força.

    Em seu voto, o ministro ignorou a natureza golpista dos eventos de 8 de janeiro e afirmou que os indivíduos envolvidos no maior atentado ao Estado de Direito desde o fim da ditadura eram, na verdade, "incompetentes" que escolheram um caminho impraticável para tentar mudar o rumo do país.

    Ao analisar o caso do primeiro réu, Marques baseou-se no fracasso da tentativa de subverter a ordem para argumentar que os golpistas não tinham chances reais de sucesso, resultando na absolvição do réu das acusações de crimes contra a democracia. Ele defendeu a condenação apenas por danos ao patrimônio público e depredação, com uma pena de dois anos e meio de detenção em regime aberto. "Ele está dando uma autorização para fazerem tudo de novo", expressou um membro do STF ainda durante o julgamento desta terça-feira (13).

    Apesar da divergência inaugurada por Nunes Marques, a expectativa é de que a linha adotada pelo ministro Alexandre de Moraes, que propôs uma pena de 17 anos para o réu, seja predominante.

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