Ceará: população volta às ruas por impeachment de Bolsonaro e "vacina no braço"
Atos aconteceram nas seguintes cidades do Ceará: Itapipoca, Canindé, Sobral, Tamboril e Juazeiro do Norte
Brasil de Fato - Manifestações pelo “Fora Bolsonaro” estão acontecendo durante o sábado (3) em mais 260 cidades do Brasil e no exterior. No Ceará os municípios de Canindé, Sobral, Tamboril, Itapipoca e Juazeiro do Norte realizaram os atos durante a manhã.
Além de pedir a saída do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), a população volta às ruas com as palavras de ordem "vacina no braço" e "comida no prato".
Os atos ocorrem em meio ao desgaste do presidente Jair Bolsonaro, com as últimas revelações feitas pela CPI da Covid de denúncia de corrupção e propina na compra da vacina indiana Covaxin.
Na cidade de Tamboril aconteceu uma moto carreata que contou com a participação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Paróquia Santo Antônio, povos Indígenas e pescadores.
Em Itapipoca, organizações sociais, entidades sindicais, partidos políticos e lideranças municipais também realizaram moto carreata em denúncia e repúdio ao atual governo.
O ato foi organizado pela Frente Brasil Popular de Itapipoca e percorreu bairros populosos da cidade terminando no Centro, onde ocorre a tradicional feira do município aos sábados.
No município de Sobral as ações aconteceram na Praça de Cuba. Em Canindé, as ações foram realizadas no Centro da cidade com a participação de movimentos populares e organizações da sociedade civil.
O cacique Eduardo Kariri Quixelo esteve presente no ato Fora Bolsonaro em Juazeiro do Norte. Ele afirma que a luta indígena é também pela defesa da vida e de vacina para todos.
“Estou aqui hoje em Juazeiro do Norte, junto nessa manifestação contra o Bolsonaro, em prol da vida, em prol das vacinas e contra PL 490, para dizer Fora Bolsonaro, que você vá embora e leve sua turma junto. Nós estamos aqui unidos em força, unidos na encantaria para tirar você do poder, porque quando o povo se une ele tira sim quem está no poder, porque todo o poder emana do povo. Então fora Bolsonaro”.
Agostinha Maciel, do Sindicato dos Servidores/as Municipais do Crato, também esteve presente nas manifestações realizadas em Juazeiro do Norte e fala sobre a importância do ato Fora Bolsonaro.
“A gente tá dando a nossa parcela nesse empurrãozinho para tirar ele do poder, porque não é mais possível que um genocida permaneça na república”, afirmou.
Cresce pressão contra Bolsonaro
Com quase 520 mil mortes por covid-19 em território nacional, os protestos mantêm as reivindicações de maior investimento no SUS, garantia de leitos e insumos, aceleração da vacinação, auxílio emergencial de R$600, políticas para manutenção de salários e apoio a pequenas e médias empresas. Todas bandeiras estão sintetizadas na palavra de ordem "Fora, Bolsonaro".
O mandatário viu o cerco se fechar ainda mais na quarta-feira (30), quando deputados, líderes de partidos políticos e integrantes de movimentos e organizações sociais protocolaram um "superpedido" de impeachment na Câmara dos Deputados. Diversas correntes e partidos se uniram no documento que agrega 23 tipos penais que teriam sido cometidos pelo presidente.
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