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Movimento indígena da Paraíba realiza jornada ‘Primavera Indígena - Marco temporal não!’

Evento é de articulação permanente contra a votação do Marco Temporal pelo Supremo Tribunal Federal (STF)

Indígenas protestam em Brasília contra proposta do Marco Temporal (Foto: Joédson Alves/Agência Brasil)

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Brasil de Fato - O Movimento Indígena da Paraíba está produzindo a ‘Primavera Indígena - Marco temporal não!’, uma série de atividades que contam com uma programação cultural, mostra de cinema, seminários, debates e feira de artesanato. As atividades são realizadas em datas e locais variados. 

O evento é uma articulação permanente diante da retomada da análise do Marco Temporal pelo Supremo Tribunal Federal (STF), com votação novamente adiada.

“A gente saiu do último ato contra o Marco Temporal (dia 07/06) pensando em não desmobilizar, o que é importante porque a pauta não foi votada naquele momento, mas é um compromisso da Ministra Rosa Weber que seja votado antes da aposentadoria dela, ou seja, vai ser votado provavelmente em setembro. E aí nós pensamos nesse processo de mobilização permanente, e esta já é uma experiência que tem acontecido em outros estados como Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais”, explica Givanildo da Silva (Giva), da Articulação da Aliança Étnica da PB”.

As atividades vêm acontecendo desde o final de julho, com  o objetivo principal de fortalecer a discussão e a presença das culturas indígenas, e intensificar os momentos de formação.

“Nós começamos, no final de julho, apresentando um filme que fala do Marco Temporal, um filme que faz parte de um ciclo que nós estamos fazendo em parceria com o Cine Soy Loco por Ti América, da UFPB. Então são filmes sobre a luta indígena, os povos indígenas e sobre o Marco Temporal. E está acontecendo toda quinta-feira, no Centro de Educação da UFPB, às 17h30. As atividades ocorrem até outubro, e a ideia é que vá além. Já realizamos duas atividades - uma sobre o Marco Temporal e outra sobre os potiguaras. Nesta quinta-feira, a atividade será sobre os Tabajaras”, destaca Giva.

Ainda nesta quinta-feira (03) ocorrerá um um seminário com o tema ‘A invasão dos territórios indígenas - apresentação do relatório De Olho nos Ruralistas’, com participação virtual do jornalista Alceu Castilho, coordenador do site De Olho Nos Ruralistas, e do geógrafo e pesquisador Eduardo Carlini, além do professor de antropologia, Estevão Palitot, da UFPB. O debate discutirá a situação dos territórios aqui na Paraíba. O local será na sala multimídia do CCSA, em frente à biblioteca setorial, a partir das 14h.

Em seguida, haverá também uma Mostra de Cinema, na Praça do Centro de Educação. O filme para debate será ‘Tabajara e você está em Território Tabajara’. 

Já a atividade cultural ocorrerá na sexta-feira (04) com participação de vários artistas indígenas e aliados/as, como Furmiga Dub, Rhuda, Yasmin Formiga, Carla Potiguara e Yarú Cariri. O espaço também irá contar com uma Feira de Artesanato Indígena e de aliados. O local será o Beco da Malagrida, no Centro de João Pessoa, a partir das 17h.

“Alguns outros artistas estão para confirmar participação também, mas, de qualquer forma, nós iremos deixar o microfone aberto neste momento", acrescenta Giva.

Outras atividades vindouras estão sendo articuladas. No dia 26/08 haverá um sarau musical poético na Biblioteca Barzinho, no bairro Castelo Branco; e no dia 10/09 haverá uma atividade cultural na Vila do Porto com as/os artistas Clara Potiguara, Topázio e o toré dos Tabajaras da Barra de Gramame.

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