Óleo do Nordeste: sanções dos EUA criaram ‘frota fantasma’ de petroleiros, por Hugo Souza
O desastre ambiental no litoral do Nordeste brasileiro pode ter origem nas "sanções" que os EUA impõem à Venezuela e a PDVSA, a gigante estatal daquele país. Navios rastreados por satélites são uma exigência da Organização Marítima Internacional, mas a retaliação dos EUA pode ter desencadeado uma frota imensa de navios-fantasma
247 - O desastre ambiental no litoral do Nordeste brasileiro pode ter origem nas "sanções" que os EUA impõem à Venezuela e a PDVSA, a gigante estatal daquele país. Navios rastreados por satélites são uma exigência da Organização Marítima Internacional, mas a retaliação dos EUA pode ter desencadeado uma frota imensa de navios-fantasma.
A reportagem publicada pelo jornal GGN destaca que "a transmissão de sinal por navios para rastreamento por satélite é uma exigência da Organização Marítima Internacional, mas as sanções americanas à Venezuela e a obsessão de Donald Trump de criar um bloqueio naval à PDVSA resultaram, nos últimos meses, numa verdadeira frota de petroleiros fantasmas, com sinal desligado, operando no Atlântico Sul, como há tempos já é prática comum em navios-tanques que carregam no Irã."
A matéria ainda acrescenta que "o site American Shipper, especializado em assuntos de transporte marítimo, informa que as sanções dos EUA a países como Venezuela, Irã e Coreia do Norte está dividindo o setor em dois: “os navios dispostos a cumprir as sanções dos EUA e os que lucram ao preencher a lacuna”. Em abril, outro site especializado, o Argus, noticiou que a PDVSA determinou aos navios-tanques que vão buscar petróleo na Venezuela que desligassem seus transponders, caso não quisessem abrir mão de fretes que chegam a custar a bagatela de US$ 12 milhões – cerca dois milhões a mais do que antes das sanções. Em julho, a Bloomberg adiantava que petroleiros que cumprem a rota Venezuela-Cuba estão “go dark” para os satélites ou até mudando de nome."
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