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    Paulão: com reformas de Bolsonaro, situação do Nordeste é preocupante

    Para deputado federal eleito pelo PT das Alagoas, reforma da Previdência é mais prejudicial aos estados do Nordeste, onde a desigualdade ainda é maior. "Esta reforma da Previdência manteve os privilégios e atacou os mais pobres ao criar mecanismos burocráticos para não conceder a aposentadoria"

    (Foto: Foto: Agência Câmara)

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    William De Lucca, 247 - Se há uma região do Brasil que será prejudicada pela tentativa do presidente Jair Bolsonaro (PSL) em destruir o estado de Bem Estar Social, será o Nordeste.

    Ao menos é o que pensa o deputado federal Paulão (PT-AL), que disse ao programa De Lucca Entrevista, da TV 247, que a reforma da Previdência deve aumentar a pobreza e a desigualdade na região.

    "A situação no Nordeste é muito preocupante, porque é lá onde temos a maior população e, ao mesmo tempo, a maior contradição social. Em Alagoas, por exemplo, segundo menor estado do Brasil, mais de 70% dos municípios não tem como renda principal o Fundo de Participação dos Municípios (FPM), e sim as aposetadorias", explicou o deputado.

    Ele lembra que os aposentados que fazem a opção de morar nestes pequenos municípios, que são a maioria no interior do Nordeste, é que movimentam as economias locais. 

    Neste sentido, a reforma da Previdência aprovada pela Câmara e pelo Senado não serviu para combater privilégios, mas para aprofundar a desigualdade.

    "Esta reforma da Previdência manteve os privilégios e atacou os mais pobres ao criar mecanismos burocráticos para não conceder a aposetadoria, aumentar o tempo para ter acesso", disse Paulão.

    "Você tira o direito daquele que poderia estar aposentado, de ser um beneficiário, e na hora que ele não tem renda, ele entra num processo de mendicância, e vai bater na porta da prefeitura. Há 50 anos, quando o Nordeste registrava fortes secas, você tinha uma tradição de saques em feiras livres, e isso acabou depois do governo Lula. Quando você impede o acesso, você faz com que esses recursos não cheguem as cidades, o que é muito ruim", finalizou.

    Assista a entrevista completa em nosso canal no YouTube:

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