A Universidade saberá resistir, diz reitora da PUC-SP
Maria Amália Pie Abib Andery acredita que, sob o governo Bolsonaro e em meio à pandemia do coronavírus, as universidades podem vir a ser obrigadas a "dar um passo para trás, dois para a frente", só não podem perder a consciência de sua responsabilidade com a soberania de uma nação. Assista na TV 247
Por Paulo Moreira Leite, 247 - "As comunidades universitárias saberão resistir, como sempre souberam", afirma Maria Amália Pie Abib Andery, reitora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, em entrevista à TV 247. "Aí está uma das razões porque são vistas como inimigas", acrescenta, referindo-se às permanentes pressões do governo Bolsonaro contra as atividades acadêmicas.
Num depoimento prestado durante uma das periódicas de denúncias que envolvem o Ministério da Educação -- desta vez, em torno do currículo de fantasia do ex-futuro-ministro Carlos Alberto Decotelli -- Maria Amália explica que o projeto do governo Bolsonaro para a universidade brasileira "é uma guerra econômica, financeira, ideológica. É exatamente o que a gente vê. Não interessa um projeto de educação, que sempre tem um viés, uma possibilidade libertadora dentro dele".
A partir da perversa combinação entre recessão econômica e a pandemia do coronavírus, Maria Amália discute na entrevista um cenário de empobrecimento entre tantas outras dificuldades que teremos pela frente.
A reitora acredita que as universidades podem vir a ser obrigadas a "dar um passo para trás, dois para a frente". Só não podem perder a consciência de sua responsabilidade com a soberania de uma nação, pois "um país sem universidade é incapaz de produzir seu próprio futuro".
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