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Alexandre Silveira critica tentativa de Zema de privatizar a Cemig e empresas públicas de Minas Gerais

Para o ministro, governador mineiro quer entregar empresas públicas à iniciativa privada para "resolver o problema do governo dele"

Alexandre Silveira e Cemig (Foto: ABR | Reprodução/ Câmara Municipal de Santa Luzia)

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247 - O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, criticou o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), por insistir na privatização da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e outras empresas públicas do estado. Segundo Silveira, Zema tenta jogar a responsabilidade de uma solução para a renegociação da dívida para a União. O governador mineiro propôs que Minas Gerais fizesse a adesão ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF), congelando salários dos servidores, limitando a realização de concursos públicos e concedendo empresas estratégicas do Estado à iniciativa privada.

"A dívida de Minas com a União aumentou R$ 55 bilhões nos últimos 5 anos, durante a gestão do governador Zema, o equivalente a 50% do montante", disse Silveira. “Acredito que está incomodando o governador o fato de que em um possível acordo da dívida de Minas com a União ele tenha que entregar a Codemig e a Cemig, pois já existia um processo de andamento de venda dessas empresas. Ou seja, ele queria entregar as empresas para resolver o problema do governo dele”, ressaltou o ministro.

O ministro ressaltou, ainda, que há uma grande diferença nessa situação na proposta apresentada por ele e pelo presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (SD-MG), ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “A diferença é que esse acordo seria um acordo estruturante, ou seja, o Estado teria que recomeçar a pagar a dívida com a União, mas resolveria ao longo de dez anos definitivamente essa conta, dando condições a Minas Gerais de fazer novos investimentos”, afirmou.

"Eu acredito que é necessário se fazer esse acordo, estamos trabalhando para isso, há muito boa vontade por parte do presidente Lula. Quando eu assisto esses ataques do governador, não entendo muito, porque não é muito próprio de nós, mineiros. Sabemos que a ação federativa é imprescindível para que a gente melhore a qualidade da saúde, da educação, das estradas. Eu fico um pouco sem entender, porque me parece uma mensagem muito mais de uma repetição da vontade política daquele que ele representa em Minas, que é o ex-presidente da República, do que propriamente dos interesses dos mineiros", criticou Silveira.

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