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Apoiadores de ex-secretário bolsonarista preso ascendem ao comando da Polícia Civil do Rio

O bolsonarista Allan Turnowski foi preso sob a acusação de pertencer a uma organização criminosa e envolvimento com o jogo do bicho

Allan Turnowski (de amarelo) ao lado de Felipe Curi (de azul) em carreata após soltura de ex-secretário (Foto: Reprodução)

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247 - Alguns dos principais apoiadores do delegado bolsonarista e ex-secretário da Polícia Civil do Rio de Janeiro Allan Turnowski, preso sob a acusação de pertencer a uma organização criminosa e envolvimento com o jogo do bicho, ocuparam o alto escalão da instituição, informa o jornal O Globo.

Segundo o Boletim Interno da Polícia Civil fluminense, José Pedro Costa da Silva e Felipe Lobato Curi, que fizeram campanha para o ex-chefe — então candidato a deputado federal — foram alçados à direção da entidade.

Curi foi para a Diretoria-Geral de Polícia Especializada. Ele aparece em fotos na carreata promovida em comemoração à soltura do ex-secretário, em 30 de setembro – por decisão do ministro bolsonarista Nunes Marques

Segundo O Globo, o delegado também é citado em trocas de mensagens recuperadas no celular do delegado Maurício Demétrio, preso desde junho do ano passado por corrupção, associação criminosa, obstrução à Justiça e lavagem de dinheiro ou ocultação de bens.

Demetrio e Turnowski teriam discutido o plano para o assassinato do bicheiro Rogério de Andrade. O Ministério Público aponta que foram captadas mais de 23 mil mensagens entre ele, sobre ocupações de cargos estratégicos, perseguições a adversários internos e produções de falsos dossiês sobre autoridades do Judiciário no Rio de Janeiro.

Nas mensagens apreendidas, ambos travam um diálogo, em 6 de setembro de 2020, sobre as articulações para a sucessão do comando da pasta, Demétrio diz: “Cury é ótima alternativa”. E Turnowski responde: “Não sei. Acho muito imaturo. Mas é nosso”.

O outro delegado que foi para o alto escalão da Polícia Civil do Rio, José Pedro, que estava na Diretoria Geral de Polícia do Interior e ascendeu à Diretoria Geral de Polícia da Capital, enviava mensagens e vídeos em grupos de WhatsApp incentivando os colegas a votarem em Turnowski, que disputou pelo PL, partido de Jair Bolsonaro, mas não foi eleito.

Enquanto isso, na chefia da Polícia Civil permanece Fernando Albuquerque, que após a prisão de Turnowski, enviou carta aos colegas afirmando acreditar na inocência do ex-secretário. 

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