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Aporofobia: Prefeitura de SP cerca mais uma praça com grades sob o pretexto de zeladoria

Após Praça da Sé, prefeitura veda outros espaços públicos sob pretexto de zeladoria, gerando polêmica sobre os direitos dos mais vulneráveis

Moradores de rua expostos ao frio (Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil)

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247 - Após a polêmica instalação de grades na praça da Sé como parte de uma ação de zeladoria, a subprefeitura da região estendeu a medida a outras áreas do centro histórico de São Paulo. O Largo de São Bento e a praça Padre Manoel da Nóbrega também foram cercados nas últimas semanas, com o objetivo, segundo a Prefeitura, de preservar áreas verdes.

De acordo com reportagem do jornal Folha de S. Paulo, a decisão da prefeitura foi baseada em um diagnóstico que apontou os pontos mais "problemáticos" do centro, e a Praça da Sé foi a primeira a passar por intervenção. O modelo de cercamento pode ser replicado em outros locais. O subprefeito Alvaro Camilo justificou a medida como uma forma de “proteger canteiros com gramado plantado recentemente, evitando vandalismo’. No entanto, as praças cercadas abrigavam um grande número de pessoas em situação de rua, que acabaram por se deslocar para outros pontos do centro após a instalação das grades.

A medida é questionada sobretudo quanto ao respeito aos direitos da população em situação de vulnerabilidade, visto que o Supremo Tribunal Federal (STF) proibiu o uso de "arquitetura hostil" contra moradores de rua. Embora o subprefeito negue conflito com essa decisão, a instalação das grades pode estar dificultando a permanência dos sem-teto nas praças.

Questionado sobre a duração da medida, o subprefeito alegou que ela é "extremamente temporária", mas não determinou um prazo para a retirada das notas. Enquanto isso, a população aguarda ansiosamente a normalização da situação.

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