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Arquidiocese diz que vídeo contra padre Júlio é antigo e foi arquivado

O MP-SP foi contra a instauração de ação penal que mirava o religioso. Promotores também determinaram o arquivamento do inquérito

Padre Júlio Lancellotti (Foto: Reprodução)

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247 - A Arquidiocese de São Paulo divulgou nesta terça-feira (23) uma nota afirmando que o vídeo enviado pelo presidente da Câmara Municipal de SP, Milton Leite (União), ao Ministério Público no começo do mês, com suposta denúncia contra o padre Júlio Lancellotti, tem o mesmo conteúdo divulgado em 2020.

Há quatro anos, o MP-SP foi contra a instauração de ação penal. Promotores também determinaram o arquivamento do inquérito, mesma medida adotada pela arquidiocese e comunicada ao Vaticano na época.

Na nota, a arquidiocese ressalta que está "distante de interesses ideológicos e políticos, com serenidade e objetividade".

A Câmara de SP pretende instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) com o objetivo de apurar a atuação das ONGs na região da cracolândia, no centro da capital paulista. A CPI mira o padre Júlio Lancellotti.

A iniciativa da criação da CPI partiu do vereador Rubinho Nunes (União), ex-integrante do Movimento Brasil Livre (MBL).

Veja a íntegra da nota divulgada nesta terça pela arquidiocese

“A Arquidiocese de São Paulo, mediante ofício enviado por e-mail ao vereador Milton Leite, presidente da Câmara Municipal de São Paulo, no dia 6 de janeiro, protocolado na Câmara Municipal no dia 8 sucessivo, solicitou-lhe que fosse enviado o material referente à suposta denúncia contra o padre Júlio Renato Lancellotti. Finalmente, na tarde do dia 22 de janeiro, o material foi entregue na Cúria Metropolitana de São Paulo.

Tomado conhecimento do material recebido, constatou-se que se trata do mesmo conteúdo divulgado em 2020. Naquela ocasião, a Cúria Metropolitana de São Paulo, conforme prescrevem as normas da Igreja para esses casos, realizou um procedimento investigativo para apurar a denúncia recebida.

Concomitantemente, o Ministério Público de São Paulo (MPSP) passou a investigar a dita denúncia, conforme inquérito aberto junto ao Setor de Atendimento de Crimes da Violência contra Infante, Idoso, Pessoa com deficiência e Vítima de tráfico interno de pessoas. O MPSP, considerando ausência de materialidade, a seu tempo, emitiu parecer contrário à instauração de uma ação penal, acompanhado pelo D. Juiz que decidiu pelo arquivamento do inquérito.

A Arquidiocese de São Paulo, não chegando à convicção suficiente sobre a materialidade da denúncia e considerando as conclusões do MPSP, bem como da Justiça Paulista, também decidiu pelo arquivamento e informou a Santa Sé.

Distante de interesses ideológicos e políticos, com serenidade e objetividade, a Cúria Metropolitana de São Paulo permanece atenta a ulteriores elementos de verdade sobre os fatos denunciados.

São Paulo, 23 de janeiro de 2024.

Padre Michelino Roberto Vigário Episcopal para a Pastoral da Comunicação da Arquidiocese de São Paulo”

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