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Boulos defende "unidade" para derrotar "a máquina do PSDB" em São Paulo

"Temos feito esforço para que a gente consiga chegar numa unidade em 2022, também aqui em São Paulo", disse o pré-candidato ao governo. Haddad, outro importante nome que deve se candidatar ao governo do estado, disse que PT e PSOL têm "programas diferentes"

(Foto: Divulgação)

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247 - O coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e pré-candidato ao governo de São Paulo pelo PSOL, Guilherme Boulos, defendeu a unidade dos partidos do campo progressista visando derrotar a hegemonia do PSDB em nível estadual e Jair Bolsonaro em nível nacional nas eleições do próximo ano. O ex-ministro Fernando Haddad, apontado como principal nome do PT para disputar a eleição paulista, porém, já adiantou que o partido não deverá se aliar ao PSOL no primeiro turno. 

"Não acredito que os votos da esquerda serão pulverizados. Respeito Boulos e o PSOL, mas temos programas diferentes. Acho que o PSOL e o PT têm que lançar candidato. A candidatura do Boulos está colocada, a minha está sendo discutida, com outros partidos”, disse Haddad no início desta semana. 

Rede Brasil Atual - O professor e coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) Guilherme Boulos foi o convidado desta quinta-feira (28) do programa Entre Vistas comandado por Juca Kfouri. Ele comentou sobre a expectativa para o cenário eleitoral do ano que vem. Segundo Boulos, será uma das disputas mais polarizadas da história do país. Derrotar o bolsonarismo, bem como acabar com a hegemonia tucana em São Paulo, são suas metas para 2022.

Boulos defendeu uma “frente ampla”, que está funcionando desde já, segundo ele, para preservar a democracia brasileira, contra os arroubos autoritários de Bolsonaro. De acordo com o líder do MTST, a unidade também é a chave para pôr fim às três décadas de domínio peessedebista no governo paulista. Boulos é pré-candidato pelo Psol na disputa pela sucessão do atual governador, João Doria (PSDB).

“Para derrotar a máquina do PSDB, acredito muito na unidade. Não acredito muito na autossuficiência, não acredito na arrogância ou em projetos que são próprios de cada qual. Temos feito esforço para que a gente consiga chegar numa unidade em 2022, também aqui em São Paulo. Construí-la nacionalmente contra Bolsonaro, e aqui em São Paulo também contra o Doria”, afirmou.

Boulos destacou que a “máquina tucana é poderosa”, sobretudo no interior do estado. Para superá-la, disse que tem procurado aproximação com diversas legendas do campo progressista. “Temos feito diálogos com vários partidos, inclusive com Haddad e o PT. Mas também com o PCdoB, Rede, PDT, PSB”, afirmou. “Se a gente quer virar esse jogo no estado, o melhor caminho é a unidade”, acrescentou.

Sem espaço para a terceira via

No âmbito nacional, Boulos comentou sobre a atuação da mídia tradicional para enfraquecer Bolsonaro e tentar viabilizar a chamada “terceira via“. No entanto, diante dos números de Bolsonaro nas últimas pesquisas e das vantagens que ainda goza na presidência, disse acreditar que são reduzidas as possibilidades para essa suposta alternativa.

“Sejamos francos, se o Bolsonaro mantém esse patamar de 25% a 30% das intenções de voto, não existe espaço para o crescimento de uma terceira via. O que boa parte do establishment quer é um Bolsonaro civilizado, que saiba comer de garfo e faca. E para poder ter espaço social e político para isso, precisava enfraquecer o Bolsonaro”, analisou.

Para Boulos, o cenário mais provável para as eleições do ano que vem será o enfrentamento entre Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Se nada de muito novo acontecer na conjuntura brasileira, esse é o cenário que vamos ter. E aí, a mídia e boa parte da elite econômica brasileira farão sua escolha. Francamente, tenho dificuldade em acreditar que estarão do nosso lado”, provocou.

Frente ampla pela democracia

Ao final da conversa, Boulos chamou a atenção para a organização da frente ampla, que reúne partidos com ideologias distintas, mas com o propósito de preservar a democracia. Segundo ele, não se trata de uma articulação com vistas às eleições do ano que vem, quando os partidos deverão apresentar suas propostas e programas. Mas é uma estratégia para conter danos e fazer o atual enfrentamento ao governo Bolsonaro.

“Uma coisa é você se unificar para lutar contra os arroubos autoritários do Bolsonaro, lutar pelo seu impeachment, lutar contra as políticas de destruição que ele implementa. Essa não é uma frente para a eleição de 2022. E essa frente deve ser tão ampla quanto possível. Se tem setores do centro e da centro-direita que hoje estão contra o Bolsonaro, e na defesa da democracia, que bom!”, comemorou.

“Agora isso não quer dizer que vamos estar juntos com qualquer desses setores numa chapa eleitoral em 2022”. Principalmente no âmbito econômico, Boulos destacou que são muitas as diferenças que separam ele e o Psol dos partidos que compõem a direita liberal.

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