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Cidade dos agressores de Moraes celebra o dia dos confederados

O evento exalta a herança dos migrantes do Sul dos EUA que se estabeleceram no interior paulista. A bandeira Confederada representa os estados sulistas, que defendiam a escravidão

Andreia Mantovani, Alex Zanatta (ao centro) e Roberto Mantovani Filho no Aeroporto de Guarulhos (Foto: Reprodução/G1)

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247 - Cidade do casal Andrea e Roberto Mantovani, acusados de agressão contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e seu filho no Aeroporto de Roma, na Itália, Santa Bárbara D'Oeste, no interior de São Paulo, tradicionalmente promove a Festa Confederada, com apologia a símbolos que representam grupos racistas. 

O evento é promovido pela associação Fraternidade de Descendência Americana e exalta a herança dos migrantes do Sul dos Estados Unidos que se estabeleceram no interior paulista após a Guerra Civil Americana (1861-1865). A festa exibe a bandeira Confederada, que representa os estados sulistas que defendiam a manutenção da escravidão. >>> Exclusivo: casal que agrediu Alexandre de Moraes já perseguiu professor: “queriam minha cabeça na escola”

Em 2020, a festa foi motivo de uma representação na Justiça da então deputada estadual Erica Malunguinho (Psol-SP), que denunciou à Defensoria Pública de São Paulo o evento por apologia ao racismo. “Encaminhei ao Núcleo Especializado de Defesa da Diversidade e da Igualdade Racial da Defensoria Pública de SP uma denúncia contra a Festa Confederada, realizada em Santa Bárbara D’Oeste-SP, por apologia a símbolos representativos de grupos racistas e supremacistas brancos. A Festa Confederada é conhecida por ostentar símbolos que enaltecem um passado escravista, ignorando a história dos povos aqui constituídos e a problemática racial que ainda incide sobre a população brasileira. Os símbolos utilizados por supremacistas brancos são tecnologias de violências racistas combatidas do Brasil aos Estados Unidos. São frequentes as denúncias sobre essas práticas. Denúncias que são realizadas tanto por organizações brasileiras quanto internacionais. Se queremos extirpar, com seriedade, o racismo da sociedade, é fundamental pensar em todas as camadas que ele opera e atravessa: imagens, símbolos, novelas, artefatos e discursos”, escreveu à época a parlamentar no Twitter.

Em entrevista à BBC Brasil em 2017, o presidente da Fraternidade e Descendência Americana afirmou que o grupo não é racista e que, para eles, a bandeira confederada significa família e história.

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