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CPI sobre o padre Júlio Lancellotti sobe no telhado após retirada de assinaturas

Investigação esdrúxula não deve ocorrer em razão da onda de apoio recebida pelo sacerdote que cuida da população de rua em São Paulo

Padre Júlio Lancellotti (Foto: Reprodução)

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247 – O pedido de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) destinada a investigar o padre Júlio Lancellotti na Câmara Municipal de São Paulo subiu no telhado. Nesta quinta-feira, 4, a situação ficou evidente com a revelação de que pelo menos quatro vereadores que inicialmente apoiaram a iniciativa de investigação retiraram suas assinaturas do requerimento, questionando a viabilidade da proposta. O protocolo da CPI depende não apenas da obtenção de assinaturas, mas também da aprovação em plenário, e a retirada de apoio dos vereadores indica uma possível perda de sustentação política, como aponta reportagem do jornal Estado de S. Paulo.

Os parlamentares, surpreendidos com o direcionamento da CPI, alegam terem sido induzidos ao erro ao assinar o documento que, inicialmente, visava investigar organizações não governamentais (ONGs) atuantes na Cracolândia. Vereadores como Sidney Cruz (Solidariedade) manifestaram descontentamento ao perceberem que a investigação incluiria o nome do padre Júlio Lancellotti. A retirada de apoio reforça a incerteza em torno da viabilidade da CPI, uma vez que a aprovação em plenário é condição essencial para sua instalação.

Indignados com a abertura da investigação contra o padre, vereadores como Xexéu Tripoli (PSDB) expressaram sua oposição à perseguição política a líderes religiosos. Thammy Miranda (PL), que inicialmente endossou a CPI, esclareceu que seu apoio estava relacionado à proteção dos moradores do centro, não ao ataque ao padre Júlio Lancellotti. A vereadora Sandra Tadeu (União Brasil) também retirou seu respaldo, defendendo uma investigação mais abrangente que inclua ONGs e os poderes públicos municipal, estadual e federal.

A possibilidade de instalação da CPI agora depende não apenas da obtenção de assinaturas, mas também da aprovação em plenário, onde é necessário conquistar a maioria absoluta, equivalente a 28 votos. O presidente da Câmara, Milton Leite (União Brasil), não confirmou a prioridade do pedido, indicando que o tema será discutido pelas lideranças. Contudo, a retirada de assinaturas compromete a força política necessária para a aprovação da CPI. A situação sinaliza um impasse significativo em torno da investigação proposta.

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