CUT manifesta apoio à greve dos professores do SEPE-RJ

247 — A Central Única dos Trabalhadores (CUT) e suas entidades filiadas divulgaram uma carta em solidariedade à greve dos profissionais da educação do estado do Rio de Janeiro e ao Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (SEPE-RJ). O documento, assinado pelo presidente da CUT-RJ, Sandro Alex de Oliveira Cezar, pela vice-presidente Maria Eduarda Q P Fernandes e pela secretária geral Jane Maria do R G de Sant'Ana, expressa apoio às reivindicações da categoria e convoca as entidades cutistas a se manifestarem em apoio à legítima pauta dos profissionais da educação.

A greve, que já dura quase 40 dias, foi motivada pela falta de cumprimento do piso salarial nacional do magistério, estabelecido pela Lei 11.738/2008. Os profissionais da rede pública estadual de educação do Rio de Janeiro enfrentam uma série de desafios, incluindo salários defasados, sobrecarga de trabalho e más condições de ensino. É importante ressaltar que o estado do Rio de Janeiro possui a pior remuneração para os profissionais da educação no Brasil, apesar de ser a segunda unidade federativa mais rica do país.

A CUT-RJ destaca que o governador Cláudio Castro não tem demonstrado disposição para negociar com a categoria, não apresentando contrapropostas e recorrendo ao Tribunal de Justiça para declarar a greve ilegal e impor multas ao sindicato e seus líderes. Essa postura do governo é vista como uma tentativa de criminalizar o movimento sindical e de desvalorizar ainda mais os profissionais da educação.

Diante desse cenário, a CUT-RJ e as entidades cutistas orientam seus sindicatos filiados, federações e confederações a enviarem notas de solidariedade à direção do SEPE-RJ e a divulgarem em suas redes sociais o apoio à greve dos profissionais da educação. O objetivo é pressionar o governador a estabelecer uma negociação real e ampliar a visibilidade da luta pela melhoria da qualidade do ensino e pela valorização dos profissionais das escolas estaduais.

A atitude da CUT-RJ em apoiar a greve dos profissionais da educação do estado do Rio de Janeiro é uma demonstração de sua defesa dos direitos dos trabalhadores e de sua preocupação com a qualidade da educação pública. É fundamental que a sociedade se sensibilize e se una em apoio aos professores e demais profissionais da educação, pois a valorização desses profissionais é essencial para a construção de uma sociedade mais justa e desenvolvida.

A greve dos professores e o posicionamento da CUT-RJ também chamam a atenção para a importância de se investir na educação como um todo. Além de melhores salários e condições de trabalho para os profissionais, é necessário garantir investimentos em infraestrutura, formação continuada, valorização da carreira docente e participação efetiva da comunidade escolar na gestão educacional. Somente assim será possível alcançar uma educação de qualidade, que seja capaz de formar cidadãos críticos e preparados para os desafios do século XXI.

Portanto, a solidariedade expressa pela CUT-RJ e suas entidades cutistas à greve dos profissionais da educação do estado do Rio de Janeiro e ao SEPE-RJ é um importante passo na busca por uma educação pública mais justa e de qualidade. É fundamental que o governo estadual reconheça a importância desses profissionais e estabeleça um diálogo construtivo, visando atender às suas demandas legítimas e promover melhorias significativas na educação do estado. A valorização dos profissionais da educação é um investimento no futuro do Brasil e na construção de uma sociedade mais igualitária.

Leia a íntegra da carta

CARTA DA CUT E DAS ENTIDADES CUTISTAS

Solidariedade à greve dos Professores e ao SEPE-RJ

Rio de Janeiro, 23 de junho de 2023.

À 

Presidência e à Secretaria Geral

Dos Sindicatos filiados e das Federações e Confederações CUTistas

Ref.: Solidariedade à GREVE DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO DO ESTADO DO RJ E AO SEPE

Companheiros/as,

Desde o dia 17 de maio, já faz quase 40 dias que os profissionais da rede pública estadual de educação estão paralisados em luta para que o estado cumpra o dispositivo legal instituído pela Lei 11.738/2008 que garante o PISO NACIONAL DO MAGISTÉRIO. 

Com salário defasado, tendo que trabalhar em várias escolas e em péssima condição de promoção de um ambiente sadio de aprendizagem (tem funcionários escolares com vencimento de 802,00 - abaixo do salário-mínimo), a categoria vive um processo de desvalorização crescente. 

O estado do RJ paga o pior salário do Brasil para os profissionais da educação, embora seja o segundo estado mais rico do Brasil.

O governador do estado, Sr. Cláudio Castro, ao contrário de sentar pra negociar a pauta da categoria, a aplicação da Lei Federal - um direito -, até hoje não apresentou uma contraproposta sequer e recorreu ao TJ RJ pra julgar a greve ilegal e estabelecer multa para o sindicato e suas principais lideranças, e mandou cortar o pontos dos grevistas.

Nesse sentido, seguindo o que muitas direções de entidades CUTistas no estado já fizeram, orientamos nossas entidades para que:

1) enviem NOTAS de Solidariedade à Direção do SEPE;

2) divulguem em suas redes sociais seu apoio a legítima pauta da categoria dos profissionais de educação em greve. 

O objetivo é botar pressão sobre o governador para que estabeleça uma real negociação e dar maior visibilidade a luta pela melhoria da qualidade do ensino com a valorização dos profissionais das escolas estaduais.

Saudações CUTistas,

Sandro Alex de Oliveira Cezar – Presidente da CUT-RJ

Maria Eduarda Q P Fernandes – Vice-Presidente da CUT-RJ

Jane Maria do R G de Sant’Ana – Secretária Geral da CUT-RJ