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Policiais que amarraram e agrediram homem manipularam evidências, denuncia vítima

Robson Rodrigo Francisco, vítima dessa ação repugnante, afirmou a seu advogado que só após as agressões os policiais voltaram a ligar as câmeras corporais

(Foto: Reprodução)

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247 — Um escândalo chocante vem à tona, revelando a face sombria da força policial de São Paulo. Imagens perturbadoras mostram policiais militares carregando um homem indefeso, com as mãos e os pés amarrados, enquanto acusações graves são levantadas contra os agentes responsáveis. Segundo relatos do homem, os policiais desligaram deliberadamente as câmeras corporais antes de agredi-lo brutalmente. Uma clara violação dos direitos humanos e um flagrante abuso de poder.

Robson Rodrigo Francisco, vítima dessa ação repugnante, afirmou a seu advogado que só após as agressões os policiais voltaram a ligar as câmeras corporais, que deveriam ser uma salvaguarda contra abusos policiais. O caso está agora nas mãos da Corregedoria da PM, que investiga as denúncias levantadas por Robson. José Luiz de Oliveira Júnior, advogado de Robson e membro do escritório O&S Advogados, enfatiza que os policiais envolvidos foram afastados devido a essas alegações graves.

É importante ressaltar que Robson não ofereceu resistência aos agentes durante a ocorrência. Sua prisão em flagrante ocorreu por supostamente furtar duas caixas de bombons em um supermercado, cujo valor não ultrapassa R$ 30. No entanto, o desembargador Edison Tetsuzo Namba negou um pedido liminar de liberdade, alegando que Robson representa um risco à sociedade, baseando-se em seu histórico criminal e na ausência de um endereço fixo e emprego regular.

O relato de Robson é angustiante: "Ele [Robson] fez questão de afirmar que quando os policiais já desceram da viatura e desligaram as câmeras. Agrediram ele e só depois ligaram as câmeras. E ele deixou claro que não ofereceu resistência e confirmou que estava comendo o bombom", declarou o advogado José Luiz de Oliveira Júnior.

Diante das graves acusações, o UOL procurou a Polícia Militar para esclarecimentos. Através da SSP (Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo), a PM afirmou categoricamente que as câmeras corporais operam continuamente, sem possibilidade de desligamento, assegurando assim a gravação ininterrupta das imagens. A PM informou ainda que disponibilizou as imagens das câmeras ao Poder Judiciário para análise e apuração dos fatos.

Ainda assim, é inegável que as imagens divulgadas, captadas por uma testemunha na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Vila Mariana, têm provocado indignação e revolta nas redes sociais. Personalidades como o Padre Júlio Lancellotti denunciaram a situação do homem amarrado, apontando que ele vivia em situação de rua e estava desarmado. A pergunta inevitável se impõe: "A escravidão foi abolida?"

Este caso só fortalece a necessidade de um escrutínio rigoroso sobre a conduta policial e a urgência de medidas para prevenir abusos de poder. A violência institucional não pode ser tolerada, e é imprescindível que a justiça seja feita para garantir a segurança e a confiança da população.

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