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Em decisão histórica do PT, Guilherme Boulos deve receber apoio para prefeitura de São Paulo em 2024

Decisão, que contraria uma ala da legenda, faz parte de estratégia para fortalecer frente ampla

Guilherme Boulos (Foto: Brasil247)

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247 - Em uma decisão sem precedentes, o Partido dos Trabalhadores (PT) está prestes a confirmar neste sábado (5) seu apoio ao deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) na corrida pela prefeitura de São Paulo em 2024. Essa será a primeira vez que o partido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva abrirá mão de lançar um candidato próprio na capital paulista, que já teve três prefeitos petistas: Luiza Erundina (1989-93), Marta Suplicy (2001-04) e Fernando Haddad (2013-16). 

De acordo com o senador Humberto Costa (PT-PE), coordenador do Grupo de Trabalho Eleitoral do PT, em 2024, o partido vai priorizar ter a cabeça de chapa em cidades com mais de cem mil eleitores e onde há nomes competitivos, segundo o jornal O Globo. Essa opção por abrir mão do protagonismo em cidades de grande porte vem após uma campanha frustrada em 2020, quando o PT não conseguiu eleger um único prefeito nas 26 capitais.

A decisão de apoiar Boulos está alinhada com a estratégia que deu certo na eleição de Lula, que foi construir uma frente ampla para derrotar o bolsonarismo, afirma Laércio Ribeiro, presidente do diretório do PT na capital paulista.

Internamente, há divergências dentro do PT em relação à aliança com Boulos. Uma ala do partido ligada ao secretário nacional de Comunicação da sigla, Jilmar Tatto, defende publicamente uma candidatura própria do PT. Apesar disso, eles reconhecem que foi feito um acordo com Boulos e que esse compromisso deve ser honrado.

A aliança entre o PT e Boulos foi estabelecida no ano passado, quando o psolista retirou sua pré-candidatura ao governo de São Paulo para apoiar Fernando Haddad na eleição estadual. Em troca, o PT prometeu apoiar Boulos em 2024, mas com a condição de indicar o candidato a vice, sendo a favorita ao posto a Ana Estela Haddad, secretária de Informação e Saúde Digital do Ministério da Saúde e esposa de Haddad, atual ministro da Fazenda.

Boulos enfrentará desafios durante a campanha, como atrair eleitores de centro e lidar com a associação de sua imagem ao radicalismo por parte de adversários, que também contarão com integrantes do governo Lula em seus palanques.

Apesar das divergências internas, a decisão de apoiar Boulos tem como objetivo maior a derrota do bolsonarismo, e o PT acredita que a participação do partido na construção do programa de governo será fundamental para que essa aliança seja bem-sucedida.

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