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    Governo Lula avalia enviar militares para reforçar segurança no Rio

    "A gente pode utilizar as Forças Armadas como uma força auxiliar, sem passar a ideia de que as Forças Armadas foram feitas para combater crime organizado", disse Lula

    Lula | Ônibus queimados no Rio de Janeiro (Foto: Canal Gov | Reprodução/TV GLobo)

    247 - O governo federal está considerando a possibilidade de enviar militares como parte de um plano para reforçar a segurança pública no Rio de Janeiro, sem a necessidade de aprovar uma intervenção federal formal. A proposta, segundo a jornalista Camila Bomfim, do G1, está em análise no Ministério da Justiça e já teria sido apresentada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com o objetivo de agilizar o combate ao crime no estado, contornando eventuais resistências políticas e o "ônus" associado à intervenção.

    A ideia, de acordo com a reportagem, é que os militares atuem em operações estratégicas e ofereçam apoio às forças de segurança locais, sem depender de uma intervenção formal. A decisão final ainda está pendente e requer discussões com o ministro da Defesa, José Múcio, e os comandantes das Forças Armadas, considerando aspectos logísticos e o engajamento das equipes militares nessas ações. >>> "O crescimento do crime organizado está ligado às condições de vida do nosso povo", diz Lula 

    Nesta terça-feira (24), na primeira edição do podcast Conversa com o Presidente após quase um mês de pausa para recuperação em decorrência de duas cirurgias, Lula afirmou que o governo federal irá colaborar no combate ao crime organizado e confirmou que cogita recriar o Ministério da Segurança Pública. >>> Governo Lula descarta intervenção federal no Rio, mas avalia reforço da PF no combate ao crime organizado

    “Vamos ver como a gente pode entrar e participar ajudando. Nós não queremos pirotecnia, nós não queremos fazer uma intervenção no Rio de Janeiro como já foi feita e que não resultou em nada. Nós não queremos tirar a autoridade do governador, nós não queremos tirar a autoridade do prefeito. Nós queremos é compartilhar com eles, trabalhar junto com eles uma saída, porque o problema deles passa a ser o nosso problema, e a solução dos nossos problemas tem que ser compartilhada conosco, e nós queremos ajudar. É isso que vamos fazer. É preciso que a gente dê tranquilidade ao povo. Vamos discutir no governo federal como é que a gente pode participar mais, como é que a gente pode acionar mais a Polícia Federal, como é que a gente pode fortalecer mais a Força Nacional, como é que a gente pode utilizar as Forças Armadas participando como uma força auxiliar, sem passar a ideia para a sociedade de que as Forças Armadas foram feita para combater crime organizado. Não é esse o papel das Forças Armadas e nós não vamos fazer isso. É isso que vai acontecer. Nós estamos com o povo do Rio de Janeiro, vamos compartilhar tudo aquilo que pudermos compartilhar”, disse Lula. >>> Polícias do Rio fazem ampla operação na Zona Oeste nesta terça-feira para prender o miliciano Zinho

    Na última segunda-feira (23), o Rio de Janeiro foi palco de uma onda de violência ordenada por milicianos que resultou em 35 ônibus e um trem incendiados. O ataque é considerado o maior da história da cidade. Segundo a Polícia Militar, 12 pessoas foram presas e o  governo estadual afirmou que os detidos serão responsabilizados por ações terroristas e encaminhados imediatamente para presídios federais. >>> Pimenta aponta ligações históricas do bolsonarismo com milicianos, após dia de caos no Rio de Janeiro 

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